segunda-feira, 18 de julho de 2011

Aos PROFESSORES

Recebido por email:
Antonio Justino Deon
Ex-Vereador em Videira

          A paralisarão dos Professores da Rede Estadual de Ensino, merece uma profunda reflexão por parte da sociedade. Afinal de contas, o que é que existe por trás deste imbróglio todo? Qual é o grau de comprometimento dos professores e do governo, para com a Educação e com a Sociedade?

          Ignorar o movimento de paralisação dos professores, apostando todas as fichas no esvaziamento, no cansaço e no repúdio da sociedade é, no mínimo deixar transparecer o comportamento de um governo pífio e do  "pouco to me lixando" para com a educação e com a própria sociedade.

          Ausentar-se das salas de aulas, mesmo sabendo ser um dos poucos instrumentos de negociação disponível, é no mínimo deixar transparecer que a educação dos nossos filhos se reveste, num instrumento de resistência para demonstrar à sociedade, que o ambiente de trabalho e a qualidade de ensino, aliado à justa  remuneração e a qualificação profissional, não fazem parte do nosso imaginário.

          A propósito, não é de hoje que a classe dos professores e dos funcionários públicos contabiliza prejuízos e indiferença dos nossos governantes. Importante destacar aqui, a distância quilométrica que separa o professor e o político na questão da eficiência e de resultado, nos aspectos do conhecimento em benefício de toda a sociedade.

          Dar a César o que é de César. Significa dizer que: o cumprimento de uma decisão judicial a todos obriga, na sua integralidade - aspecto jurídico. Reconhecer o direito do magistério sem pestanejar, é no mínimo, reconhecer a prática de um governo pusilânime, desprovido de reais compromissos com a educação e com a própria sociedade – aspecto político.

          O resultado de uma política maquiavélica disseminada por todo o território brasileiro, enaltecendo o enriquecimento sem causa, é, o fio condutor que alimenta o corporativismo partidário, com vistas, em nível de sutiliza, a um controle político-ideológico, de uma grande parcela desta mesma sociedade.

          A massificação e o distanciamento da educação à nossa sociedade, através de políticas  sensacionalistas, contribuem significativamente, na evolução e na prática de conchavos e apadrinhamentos, do jeitinho fácil e do faz de conta, sem perder de vista que, a erradicação desta maldita herança lusitana, não passa nem de longe pela classe política, mas, seguramente pela classe dos professores.

          Desta forma, a permanência institucionalizada de uma política de apadrinhamentos e de conchavos, é o estimulante necessário que movimenta uma parcela significativa da sociedade, a desprenderem seus esforços, na conquista e no aliciamento de pessoas pelo jeitinho camicas da velha máxima "do quanto pior melhor". É o chamado samba do crioulo doido.

          Com tudo, é de uma clareza meridiana, que o cacarejar dos nossos governantes no transcurso da nossa história recente, produziu efeitos devastadores que, levaram ao sucateamento da Saúde e da Educação, refletidos num processo gradativo de degeneração de seus órgãos, com múltiplas falências funcionais,  provocadas pela debilidade de inanição.

Antonio Justino Deon
Ex-Vereador em Videira

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