sexta-feira, 30 de abril de 2010

O menino que consertou o mundo.

DEPOIMENTO DO PRESIDENTE DA COSTA RICA, QUE MERECE SER LIDO PARA REFLEXÃO!

 

"ALGO HICIMOS MAL"

Palavras do Presidente Oscar Arias da Costa Rica na Cúpula das Américas em Trinidad e Tobago , 18 de abril de 2009

"Tenho a impressão de que cada vez que os países caribenhos e latino-americanos se reúnem com o presidente dos Estados Unidos da América, é para pedir-lhe coisas ou para reclamar coisas. Quase sempre, é para culpar os Estados Unidos de nossos males passados, presentes e futuros. Não creio que isso seja de todo justo.

Não podemos esquecer que a América Latina teve universidades antes que os Estados Unidos criassem Harvard e William & Mary, que são as primeiras universidades desse país.

Não podemos esquecer que nesse continente, como no mundo inteiro, pelo menos até 1750 todos os americanos eram mais ou menos iguais: todos eram pobres.

Ao aparecer a Revolução Industrial na Inglaterra, outros países sobem nesse vagão: Alemanha, França, Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e aqui a Revolução Industrial passou pela América Latina como um cometa, e não nos demos conta, ficamos com os escravos negros.

Certamente perdemos a oportunidade.

Há também uma diferença muito grande. Lendo a história da América Latina, comparada com a história dos Estados Unidos, compreende-se que a América Latina não teve um John Winthrop espanhol, nem português, que viesse com a Bíblia em sua mão disposto a construir uma Cidade sobre uma Colina, uma cidade que brilhasse, como foi a pretensão dos peregrinos que chegaram aos Estados Unidos.

Faz 50 anos, o México era mais rico que Portugal. Em 1950, um país como o Brasil tinha uma renda per capita mais elevada que o da Coréia do Sul. Faz 60 anos, Honduras tinha mais riqueza per capita que Cingapura, e hoje Cingapura em questão de 35 a 40 anos é um país com $40.000 de renda anual por habitante.

Bem, algo nós fizemos mal, os latino-americanos.

Que fizemos errado? Nem posso enumerar todas as coisas que fizemos mal. Para começar, temos uma escolaridade de +/-7 anos.

Essa é a escolaridade média da América Latina e não é o caso da maioria dos países asiáticos. Certamente não é o caso de países como Estados Unidos e Canadá, com a melhor educação do mundo, similar a dos europeus. De cada 10 estudantes que ingressam no nível secundário na América Latina, em alguns países, só um termina esse nível secundário.

Há países que têm uma mortalidade infantil de 50 crianças por cada mil, quando a média nos países asiáticos mais avançados é de 8, 9 ou 10.

Nós temos países onde a carga tributária é de 12% do produto interno bruto e não é responsabilidade de ninguém, exceto nossa, que não cobremos dinheiro das pessoas mais ricas dos nossos países. Ninguém tem a culpa disso, a não ser nós mesmos.

Em 1950, cada cidadão norte-americano era quatro vezes mais rico que um cidadão latino-americano. Hoje em dia, um cidadão norte-americano é 10, 15 ou 20 vezes mais rico que um latino-americano. Isso não é culpa dos Estados Unidos, é culpa nossa.

No meu pronunciamento me referi a um fato que para mim é grotesco e que somente demonstra que o sistema de valores do século XX, que parece ser o que estamos pondo em prática também no século XXI, é um sistema de valores equivocado.

Porque não pode ser que o mundo rico dedique 100.000 milhões de dólares para aliviar a pobreza dos 80% da população do mundo "num planeta que tem 2.500 milhões de seres humanos com uma renda de $2 por dia" e que gaste 13 vezes mais ($1.300.000.000.000) em armas e soldados.

Como disse esta manhã, não pode ser que a América Latina gaste $50.000* milhões em armas e soldados.

Eu me pergunto: quem é o nosso inimigo?

Nosso inimigo, presidente Correa, desta desigualdade que o Sr. aponta com muita razão, é a falta de educação; é o analfabetismo;
é que não gastamos na saúde de nosso povo; que não criamos a infra-estruturar necessária, as estradas, os portos, os aeroportos; que não estamos dedicando os recursos necessários para deter a degradação do meio ambiente
;
é a desigualdade que temos que nos envergonhar realmente; é produto, entre muitas outras coisas, de que não estamos educando nossos filhos e nossas filhas e mantendo políticos desavergonhosos.

Vá alguém a uma universidade latino-americana e parece no entanto que estamos nos anos sessenta, setenta ou oitenta.

Parece que nos esquecemos de que em 9 de novembro de 1989 aconteceu algo de muito importante, ao cair o Muro de Berlim, e que o mundo mudou. Temos que aceitar que este é um mundo diferente, e nisso francamente penso que os acadêmicos, que toda gente pensante, que todos os economistas, que todos os historiadores, quase concordam que o século XXI é um século dos asiáticos não dos latino-americanos.

E eu, lamentavelmente, concordo com eles. Porque enquanto nós continuamos discutindo sobre ideologias, continuamos discutindo sobre todos os "ismos" (qual é o melhor? capitalismo, socialismo, comunismo, liberalismo, neoliberalismo, socialcristianismo...) os asiáticos encontraram um "ismo" muito realista para o século XXI e o final do século XX, que é o pragmatismo.

Para só citar um exemplo, recordemos que quando Deng Xiaoping visitou Cingapura e a Coréia do Sul, depois de ter-se dado conta de que seus próprios  vizinhos estavam enriquecendo de uma maneira muito acelerada, regressou a Pequim e disse aos velhos camaradas maoístas que o haviam acompanhado na Grande Marcha: "Bem, a verdade, queridos camaradas, é que a mim não importa se o gato é branco ou negro, só o que me interessa é que cace ratos".

E se Mao estivesse vivo, teria morrido de novo quando disse que "a verdade é que enriquecer é glorioso".

E enquanto os chineses fazem isso, e desde 1979 até hoje crescem a 11%, 12% ou 13%, e tiraram 300 milhões de habitantes da pobreza, nós continuamos discutindo sobre ideologias que devíamos ter enterrado há muito tempo atrás.

A boa notícia é que isto Deng Xiaoping o conseguiu quando tinha 74 anos.

Olhando em volta, queridos presidentes, não vejo ninguém que esteja perto dos 74 anos.

Por isso só lhes peço que não esperemos completá-los para fazer as mudanças que temos que fazer.

Muchas gracias."

 

 

terça-feira, 27 de abril de 2010

A Inquisidora #02: Quando as Bestas se Reúnem


Após a morte de Alex, João desaparece com a vampira. Quem é a misteriosa pessoa que apareceu a fez um estudo minucioso do cadáver, e quem deverá ser convocada pela Santa Sé? Em outra cidade, algo semelhante acontece, e vemos o primeiro contato com essa importante personagem que será convocada. Não perca esse emocionante capítulo. Clique aqui.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

CAPITAL HUMANO NA ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS

Josias Di Domenico *

Alcione Lugarini**

 

RESUMO

O presente artigo pretende de maneira clara e objetiva explicar a importância do capital humano na administração de materiais em toda e qualquer organização. Trata-se de mostrar como o uso do capital humano na administração de materiais pode facilitar o trabalho e torná-lo mais rápido e preciso, para a satisfação do cliente e o sucesso da organização. São apontadas idéias construídas a partir de leituras e pesquisas, como forma de obtenção de informações do por que o capital humano continua sendo um meio indispensável nas organizações, independente do meio em que atuam. Por fim, através disso mostrar, como o capital humano e a administração de materiais podem garantir o futuro e o bom desempenho de uma organização.

Palavras-Chaves: Administração. Material. Pessoas.

 

ABSTRACT

The present article intends in way clear and objective to explain an importance the capital human in administration from material in whole and some organization. To care for appear how the use for capital human in administration from material can to facilitate the work and to turn move rapid and precise, for the satisfaction from client and success of organization. Sane indicate idea construct to leave from reading and investigation, how form the obtainment the information the because the capital human to continue way one middle indispensable in organization, independent the middle at that actuate. For end, through to show, how the capital human and the administration from material can to guarantee the future and good performance the an organization.

Key words: Management. Material. People.

 

INTRODUÇÃO

O presente artigo objetiva apresentar a importância da relação entre o capital humano e a administração de materiais nas organizações. Nos dias atuais é fundamental e indispensável a utilização do capital humano em qualquer atividade até mesmo na administração de materiais que é uma ferramenta das quais as organizações necessitam para obter o sucesso com os seus clientes, devido estes estarem se tornando cada vez mais exigentes em relação a organização e a entrega de seus produtos. Apesar do cenário atual em que se encontram as organizações devido ao avanço da tecnologia, algumas organizações ainda optam pelo capital humano como forma segura de administrar o material que lhe é solicitado. Diante deste quadro, procura-se neste trabalho destacar a importância do capital humano na administração de materiais, uma questão essa que deve ser analisada com importância dado o cenário atual, para isso, no entanto, é necessário o uso de livros e pesquisas que direcionem o assunto aqui abordado. Primeiramente apresentam-se as tendências de mercado em relação à administração de materiais. Em seguida, apresentamos os conceitos da administração de materiais, sua classificação, transportes etc. Finalmente explanamos como o capital humano e a administração de suprimentos são formas de garantir o alcance de resultados que estabeleçam vantagens para a empresa e para o cliente.

 

2 TENDÊNCIAS DE MERCADO

Toda e qualquer organização trabalha focada na minimização de custos, tendência que deverá perpetuar, pois para se tornar competitiva e conseguir sobreviver, terá que procurar meios para se adequar. Como a disputa pelo cliente está cada vez mais acirrada, a maximização de seus lucros não poderá depender da elevação dos preços e sim em diminuir custos, obtendo uma melhor parcela de lucros. Além disso, estará garantindo sua existência no mundo atribulado dos negócios. A fidelidade do cliente está disseminando, e basta apenas um deslize para perder mais um cliente, por isso as organizações precisam contar com novas técnicas e artifícios para encantar o consumidor. Quando procuramos por determinado produto, esperemos bom atendimento, satisfação, utilidade e sem dúvida um preço acessível, e é exatamente aí que a administração de suprimentos vem nos ajudar, segundo Ballou (1995, p. 61), “O objetivo da administração de suprimentos deve ser prover o material certo, no local de operação certo, no instante correto e em condição utilizável ao custo mínimo.” A partir desta citação podemos visualizar de maneira clara o papel da administração de materiais para as organizações que buscam o tão desejado sucesso.

 

3 ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS

A administração de materiais é peça fundamental na engrenagem que move toda e qualquer organização, embora ela tenha se tornado um departamento é bom lembrarmos que ela não trabalha sozinha, mas sim faz parte de um conjunto. Conjunto esse que fazem parte demais setores da organização e com a junção destes setores irão formar um elo de lição indispensável para o sucesso.

Administração de materiais entende-se, portanto, todas as coisas contabilizáveis que entram, na qualidade de elementos constitutivos e constituintes, na linha de produção de uma empresa. Além disso, abarca também tal designação outros itens contabilizáveis que, embora não contribuindo diretamente para a fabricação ou manufatura de produtos específicos, fazem parte da rotina diária da empresa (MESSIAS, 1987, p. 21).

 

Muitas vezes as organizações não percebem a administração de matérias, se tornando em alguns casos fúteis, sem maior importância. Por outro lado uma boa administração faz com que o processo fabril corra da melhor forma possível, e caso algum item não se encontre no local desejado ou esteja em falta, certamente ela será mais apreciada. Podemos perceber sua importância em uma linha de montagem de um determinado produto, onde há 100 funcionários trabalhando e por falta de algum componente a produção pára por 03 horas, ou por um período maior, nesse caso podemos visualizar a importância da administração de materiais e o enfoque que ela merece pela sua fatia de contribuição no processo. E ainda segundo Ballou (1995, p.71), “A administração de materiais vai além das atividades de compras e está voltada principalmente com o movimento de bens para o abastecimento da empresa.”

3.1 CLASSIFICAÇÕES DE MATERIAIS

Se analisarmos no dia-a-dia em nossos postos de trabalho podemos observar que sempre a algo fora do lugar, que precise ser organizado para facilitar o desempenho de nossas atividades. Não somente em nosso ambiente de trabalho, mas também em nossas residências a organização e classificação de materiais e atividades se tornam imprescindíveis.

Classificar materiais significa ordená-los segundo critérios preestabelecidos, agrupando-os conforme as características semelhantes ou não, sem, contudo, ocasionar confusão ou dispersão no espaço e alteração na qualidade, em virtude de contatos com outros materiais de fácil decomposição, combustão, deterioração etc (MESSIAS, 1987, p. 34).

O processo de classificação de materiais tem grande importância na administração de suprimentos, pois com ele os desempenhos das atividades se tornam mais ágeis, evitando desperdício de espaço e tempo.

3.2 CUIDADOS COM TRANSPORTES DE MATERIAIS.

Desde que nascemos necessitamos de proteção, sensação de que estamos seguros, e isso é transmitido a nós pelos nossos pais. Nas organizações não é diferente, precisamos trabalhar com segurança, ter assegurado o direito que ao final do expediente podemos retornar para nossas residências. A empresa tem responsabilidade indiscutível perante isso, mas devemos salientar a parcela de responsabilidade dos colaboradores. Praticamente quase todas as atividades possuem certo grau de risco, algumas mais elevadas outras nem tanto, entretanto devemos estar cientes destas situações. Administrar e transportar materiais possui seu risco, relativamente ao segmento da empresa, risco esse que pode ser de explosão, queda, intoxicação, entre outros. Os EPI’s – Equipamentos de Proteção Individual proporcionam maior segurança ao usuário, mas nem sempre podem evitar um acidente. A informação e a consciência é a melhor maneira de prevenir acidentes dentro das organizações, segundo Ballou (1995, p. 135), “a movimentação de materiais tem sido uma das causas mais freqüentes e sérias dos acidentes, razão pela qual é muito importante a segurança nesse tipo de trabalho.” A segurança no trabalho tem sido tema freqüente de estudos para e investigações com o intuito de prevenir e proteger o funcionário. Também foram criadas algumas diretrizes com o objetivo de padronizar e organizar armazéns e almoxarifados. As cores têm auxiliado na identificação de produtos perigosos e alerta para possíveis acidentes, procurando de forma clara e objetiva informar aos funcionários os riscos pertinentes de cada área, evitando assim situações indesejáveis. Conforme o quadro 3.1 podemos visualizar os significados das cores utilizadas em armazéns e almoxarifados.

Quadro 3.1 Significação das cores para almoxarifados e armazéns.

NÚMERO

COR

SIGNIFICADO

1

2

3

4

5

6

7

8

vermelho

alaranjado

amarelo

verde

azul

púrpura

branco

preto

perigo

alerta

atenção

segurança

cuidado

radiação

limpeza

detrito

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Manual de administração de materiais.

Embora a cada dia novos métodos e técnicas sejam estudados e descobertas sobre a melhor maneira de administrar e organizar materiais, percebemos que tudo que facilite, agilize e ajude no processo será de grande valia. A administração de materiais não trabalha como um setor independente, ela precisa de inúmeras informações tanto interna como externa, e a partir disso podemos visualizar que ela torna-se dependente dos demais setores. Para o processo fluir da melhor maneira precisa-se de uma integração de todos os setores da organização, a fim de proporcionar um trabalho de qualidade. Novas tecnologias são inclusas em nosso meio a todo instante, na sua grande maioria proporcionam melhorias nos processos, tornando-os disciplináveis e ágeis, com o intuito de reduzir custos e acelerar a produção. Embora essa inclusão de novas tecnologias seja cada vez mais um avanço, não podemos esquecer-nos de algo que fez parte dos primórdios, está fazendo nos dias atuais e certamente será se fará presente em toda e qualquer organização. Estou falando do capital humano, das pessoas, tenha ou não tecnologia elas sempre estarão presentes e diferentemente das máquinas, possuem sentimentos e emoções, não podem ser tratadas como homens máquinas e sim como pessoas. Um grande avanço em relação a isso tem sido a preocupação na segurança dos funcionários em seus postos de trabalho e indiferente de outros setores a administração de matérias precisa também se preocupar com a segurança e integridade dos colaboradores no desempenho de suas atividades.

 

4 GESTÃO DE PESSOAS

Em tempos remotos alguns segredos de sucesso nas organizações eram guardados a sete chaves, até hoje ainda existem alguns casos em relação a isso. Entretanto neste mundo globalizado, fronteiras já não existem mais, quanto menos segredos. A tecnologia destruiu fronteiras e copiar algo se tornou processo fácil. As organizações se tornaram vulneráveis perante isso, e aquilo que no passado as tornava mais competitiva, atualmente está disponível para todos. Entretanto ainda existe algo que ninguém poderá copiar, poderão quem sabe imitar, mas já mais conseguirão copiá-las fielmente. Estou falando das pessoas, o único bem que atualmente não pode ser copiado. Com as constantes mudanças, seja no meio econômico ou tecnológico, onde agregar valor dependerá cada vez mais da qualidade e conhecimentos prestados, o capital humano tem se tornado o diferencial para as organizações.

Por se tratar de um diferencial nas organizações, administrar os recursos humanos existe a sua complexibilidade, trabalhar com pessoas é totalmente diferente de trabalhar com uma ciência exata. A mente humana sobre constantemente mutações que a fazem mudar de idéias, atitudes num piscar de olhos, elas estão constantemente sofrendo influências que as fazem ser diferentes em situações parecidas. A organização precisa ter a magnitude e reconhecer esta complexibilidade humana, é preciso, portanto estabelecer metas e ter um compromisso com a força de trabalho, buscando idealizar o respeito mútuo, com uma comunicação aberta, valorizando o cliente interno e externo. Um dos primeiros passos para que haja essa mudança é mudar o modo de pensamento em relação as pessoas. Organizações de sucesso já não vêem mais as pessoas como despesas e sim os gastos com elas obtidos como investimento no capital humano. Mudar pensamentos ou até mesmo a cultura não é tarefa fácil, e sim árdua. Com tanta transformação e a competitividade cada vez mais acirrada, já conseguimos visualizar empresas reeducando seu modo de pensar e agir, buscando assim crescimento e longevidade para seus negócios.

4.1 CHEFES OU LÍDERES

Outra importante questão em relação as pessoas e sua produtividade condiz com a maneira como essas pessoas são comandadas e influenciadas a executar suas tarefas. Vale apena ressaltar aqui a diferença entre chefe e líder.

O chefe não conhece nem mesmo seu próprio comportamento, é altamente carente e faz de tudo para os outros reconhecerem nele as habilidades que julga ter. Está sempre a procura de um culpado para seus resultados negativos, julga como responsabilidade de todos a desarmonia no ambiente onde vive. No lar, impõe-se pela violência física e / ou moral contra seus filhos e cônjuge, no trabalho impõe-se pelo seu cargo ou título, exigindo e ameaçando, reclamando e cobrando de todos: atitude, comprometimento, dedicação, empenho, etc. Porém, ele mesmo não tem a atitude perante o grupo de ouvir, reconhecer as boas idéias, buscar o consenso e agir. Não se compromete assumindo junto com o grupo a responsabilidade dos resultados negativos, buscando o aprendizado e evitando julgar ou culpar. Exige dedicação, mas enquanto muitos se dedicam, muitas vezes pela intimidação, está ausente. Exige empenho, no entanto, não reconhece o esforço dos outros. Este comportamento é generalizado em sua vida. O líder conhece sobre comportamento humano, percebe que a harmonia no ambiente onde vive, seja no lar, no trabalho ou no lazer, começa com ele, de sua pró-atividade em tomar a iniciativa de reconhecer as habilidades dos outros, por menores que sejam. Uma das necessidades dominantes no ser humano é a necessidade de reconhecimento e significado. Ao elogiar, satisfazemos essa necessidade, mantemos a auto-estima e sentimento de bem-estar e geramos a auto-motivação no outro, movendo-o naturalmente a desenvolver ainda mais seu potencial na busca incessante de mais reconhecimento. A necessidade de reconhecimento do líder é satisfeita pelo reconhecimento de seu resultado em promover a harmonia e entrosamento nos grupos dos quais participa (FERRAREZI, 2006).

 

Em grande parte das organizações, principalmente as de pequeno porte, o chefe ainda está fortemente presente comandando equipes. Indiferente do ramo de atividade ou setor os chefes pouco conhecem ou desconhecem sobre pessoas, eles fazem suas equipes trabalharem acuadas e subordinadas a eles, impondo medo e usando a coerção para inibir os trabalhadores. Por outro lado os líderes conhecem perfeitamente seus colaboradores e estão continuamente buscando motivá-los, procurando assim participação e empenho de todos. Os chefes normalmente buscam culpados por fatos que aconteceram de forma errado, podendo puni-los e ainda deixam bem claro para os demais que tal atitude sirva de exemplo. Os líderes por sua vez não buscam culpados, e sim questionam porque ocorreu tal situação, buscando dessa forma o diálogo e participação de todos na solução dos problemas. Equipe que busca solução de problemas junta, tem maior participação e aceitação dos colaboradores. Normalmente quando algo nos é imposto, fizemos por necessidade, porque precisamos do emprego ou por outro motivo, entretanto quando somos influenciados e fizemos realmente parte do processo, nos sentimos motivados e na obrigação de ajudar na busca por novas práticas de trabalho.

4.2 TREINAMENTOS

Cada vez mais pessoas estão buscando pelo conhecimento, aumentando dessa forma seu aprimoramento profissional tornando-as competitivas no mercado de trabalho. Manter-se empregado ou ter empregabilidade exige constante investimento no capital humano, pela constante mutação que as organizações sofrem, e constantemente os funcionários precisam também se adequar a essas inovações. Muitas empresas buscam treinar seus funcionários afim de melhor adequá-los em suas funções. Treinar é proporcionar desenvolvimento, abrir novos horizontes tornar as pessoas capazes, conhecendo suas habilidades e dessa forma remanejá-las para a função que mais se identifiquem. Investir em treinamentos buscando desenvolver as pessoas afetará diretamente na qualidade dos produtos ou serviços prestados, por isso quando a organização oferece treinamento é bom atentar-se para o coletivo e não apenas para alguns indivíduos.

O treinamento começa como uma resposta a uma necessidade ou a uma oportunidade em um ambiente organizacional. Estabelecer o valor faz com que o círculo completo do processo seja cumprido, pois enfoca as necessidades, os problemas e as oportunidades que ele originalmente visava a atender (BOOG, 2001, p. 78).

O treinamento não deve ser tratado como um passatempo, ou apenas para engordar o currículo ele deve atender as necessidades de forma a garantir maior qualidade nos serviços prestados.

4.3 RELACIONAMENTO INTERPESSOAL

Não muito diferente entre organizações, conflitos entre pessoas acontecem com freqüência, mas também seria injusto falarmos que em todas as organizações existem conflitos internos. Muitas vezes esses conflitos estão obscuros, escondidos em cada pessoa, somente serão visualizados através de um gesto, de uma ação ou um comportamento. Cada vez mais os indivíduos terão necessidade de trocar de informações, ato imprescindível dentro da organização. Por outro lado as empresas estão cada vez mais atentas para este detalhe e estão buscando valorizar esses profissionais, pois a capacidade que o colaborador tem de relacionar-se com os demais influencia diretamente no desempenho do grupo de modo geral. Nas dicas abaixo, você poderá identificar algumas sugestões para melhorar seu relacionamento interpessoal, também poderá informar-se de forma mais complexa no site http://fastlove.wordpress.com/2008/06/29/dicas-para-bom-relacionamento-interpessoal-e-sucesso-dos-negocios/.

Quatro importantes dicas:

Ø  Saber ouvir, ou seja, receber a mensagem e interpretá-la adequadamente. E o mais importante: ouvir sem preconceito o outro e não ouvir apenas o que se quer ouvir.

Ø  Saber transmitir, falar, sinalizar a mensagem para que ela seja adequadamente interpretada por quem a receba.

Ø  Saber a hora certa de elogiar, dar um feedback construtivo e avaliar a performance individual e grupal.

Ø  Estar disponível para desenvolver pontos fracos e fortalecer os pontos fortes estimulando-a ao crescimento.

Trabalhar com pessoas é indispensável, não é somente tarefa para o setor de recursos humanos das organizações. Todo e qualquer processo a ser realizado depende das pessoas, por mais sofisticado tecnologicamente que ele seja, em algum momento haverá necessidade da influência humana. As dicas acima apresentadas nos dão um parecer em como agirmos perante nossos colegas, mas também podemos utilizá-las em nosso dia-a-dia, pois relacionamento interpessoal vai além do nosso trabalho, ele faz parte de nossas vidas.

4.4 COMPETINDO NA ERA DO CAPITAL HUMANO

As mudanças sempre existiram certamente nos dias atuais elas acontecem com uma amplitude muito maior do que em temos passos. A economia está globalizada, nessas condições todas as empresas estão mais vulneráveis, e com estas condições a arena tornou-se o mundo. Consequentemente os desafios aumentaram, qualquer empresa por mais remota que esteja consegue competir com outras que talvez estejam nos grandes centros. Com tanta mudança acontecendo ao mesmo tempo somente o ser humano é capaz de dar continuidade e adaptações rápidas para tornar a empresa competitiva e sobrevivendo a esta transformação. Este cenário criou novos paradigmas para o cenário empresarial, conforme o quadro 4.1.

 

DE:

PARA:

Pouca Competitividade

Competição Global

Estabilidade

Mudanças

Previsibilidade

Incertezas

Individualismo

Parceria

Rigidez Hierárquica

Flexibilidade

Poder Centralizado

Empowerment

Relação Ganha X Perde

Relação Ganha X Ganha

Crescimento da População

Diminuição da População

Motivação

Competência e Profissionalismo

Segurança no Emprego

Empregabilidade

Diploma

Educação Continuada

Carreira Definida pela Empresa

Carreira como Responsabilidade do Individuo

Cargos

Espaço Organizacional

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Quadro 4.1 os novos paradigmas do cenário empresarial.

Fonte: http://www.guiarh.com.br/91.htm acessado em 14/10/2009.

Como podemos observar no quadro 4.1 esses novos paradigmas condizem perfeitamente com os tempos atuais, dentre alguns que acredito serem relevantes posso citar: Estabilidade para incertezas, se pararmos para observar é o que vem acontecendo, não existe mais algo estável ou, por exemplo, fidelidade de cliente, ele será fiel a tua empresa até que você proporcione a ele atendimento e serviço de qualidade, caso contrário o teu concorrente irá roubá-lo. Outro item importante é poder centralizado para empowerment, novamente perfeita colocação se estamos em um mundo globalizado em que se discute tanto o trabalho em equipe para que centralizar poder, as empresas estão usando cada vez mais o empowerment, ou seja, delegando poderes, abrindo o leque procurando abranger o maior número de idéias que possibilitem serviços de qualidade. E ainda a questão da segurança no trabalho para empregabilidade, também é o que está acontecendo, em tempos passados apresentar um diploma de nível superior, era garantia de trabalho para vida toda. Essa realidade já não condiz mais com os tempos atuais, agora é preciso ter empregabilidade, ou seja, capacidade de manter-se empregado, e para que isso acontece é preciso uma educação continuada, sem perspectiva para parar.

Com tanta globalização, as forças de trabalho braçal estão quase abolidas, dando lugar para o intelectual. E se a tendência está voltada para o intelectual, não é por acaso que estamos vivendo a era do conhecimento, mas somente isto não basta é preciso colocá-lo em prática, procurando desta forma solucionar problemas. E com tantos desafios que nos são lançados diariamente, será imprescindível o uso da inteligência buscando solucioná-los, mas a empresa também deverá fazer sua parte, pois mão de obra barata não é mais sinônimo de competitividade.

5 CAPITAL HUMANO NA ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS

Conforme pode observar na contextualização deste artigo o capital humano é imprescindível para o sucesso de qualquer organização, indiferente do ramo de atividade em que ela atue. Gerir pessoas é um processo complexo, pois cada um de nós pode ter sido educado em uma cultura diferente, e as pessoas não estão preparadas para mudarem. E falando em mudança seja ela de qualquer natureza, ou usando somente a expressão mudança já causa aversão por parte das pessoas. Nossa educação sempre foi voltada para fazermos o que nos fosse solicitado, poucas vezes fomos exigidos a pensar, quanto mais questionar alguma determinação imposta. Então não é por acaso que o capital humano é o diferencial neste mundo globalizado, não somos como máquinas que são programadas e executam as tarefas mesmo na ausência destes. Trabalhar com pessoas é magnífico, pois cada caso é um aprendizado, porém a organização precisa ter ciência disso e procurar investir no potencial humano, esse sem dúvida será o diferencial para qualquer empresa.

Trazendo o aprendizado com o capital humano para a administração de materiais mais uma vez torna-se claro o papel das pessoas neste processo. O setor de administração de materiais é recente, e cabe a ele ainda muitos estudos, recente também é a percepção do diferencial que o capital humano está fazendo em cada setor das organizações. As empresas devem atentar-se a isso, pois as pessoas fizeram (embora não fosse reconhecido), fazem e cada vez mais irão fazer diferença para alavancar o sucesso de qualquer setor empresarial. Não é somente tarefa do setor de recursos humanos gerir pessoas, pois o dia-a-dia é que faz com que as pessoas se sintam satisfeitas em seu ambiente de trabalho. As políticas empresariais estão mudando, buscando atrair novas idéias para seus empreendimentos, agora uma coisa é certa o talento faz a diferença. Como o objetivo da administração de materiais é assegurar o continuo abastecimento das necessidades para o perfeito funcionamento da empresa, este processo exigirá pessoas treinadas e capacitadas. Outro interessante foco que devemos nos atentar é a necessidade de líderes e não chefes, não diferente de outros setores na administração de materiais é preciso proporcionar um clima favorável de trabalho, que permita a entrada de novas idéias, propícias para o desenvolvimento do próprio setor. Contudo fica clara a relevância do capital humano na administração de suprimentos, sua complexibilidade exige o máximo de atenção de seus colaboradores, pois uma pequena falha irá causar um grande transtorno.

 

CONCLUSÃO

O presente artigo buscou apresentar a importância do capital humano na administração de materiais explorando a lógica do porque as pessoas continuam sendo uma ferramenta necessária em qualquer atividade nas organizações. Neste sentido, foi necessário apresentar o papel da administração de materiais nas organizações, e a importância do relacionamento interpessoal, fator este de extrema importância nas organizações pelo fato do bom relacionamento com os colegas interferir no desempenho dentro da organização por isso é necessário que o líder saiba entender, ouvir e compreender as mensagens que seus subordinados querem transmitir e dar um feedback construtivo para poder aprimorar os pontos fortes de seus subordinados e desenvolver seus pontos fracos. O modelo de relação entre o capital humano e a administração de materiais procura salientar a importância da execução das atividades em conjunto, buscando a satisfação do cliente e o sucesso da organização, para isso, no entanto, é necessário que as pessoas que trabalham nessa atividade sejam comandadas por líderes capacitados, pois os líderes conhecem melhor seus colaboradores e sabem como motivá-los para aprimorar seu desempenho.

Por fim apontamos à necessidade da atuação do capital humano em todos os processos da administração de materiais sejam eles em pequena ou grande escala. Ressalta-se aqui a necessidade de manter o capital humano sempre capacitado para o melhor desempenho e execução de suas atividades dentro da organização não somente na administração de materiais, mas também nos demais setores, pois as mudanças estão em uma amplitude maior devido à globalização da economia estar se expandindo com freqüência acelerada até mesmo nos lugares mais remotos do mundo.

 

REFERÊNCIAS

ASTRAUSKAS, Maria Paula Bartozzi: A importância de um bom relacionamento interpessoal para o sucesso dos negócios. 2006. Disponível em: http://www.empregoerenda.com.br/paginas/270. Acesso em 14 out. 2009.

BALLOU, Ronaldo H. Logística empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição física. 1. ed. São Paulo: Atlas, 1993. 387p.

BOOG, Gustavo. Manual de Treinamento e Desenvolvimento: um guia de operações. São Paulo: Makron Books, 2001.

CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos: edição compacta. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1994. 525p.

FERRAREZI, Eugenio: Líder ou chefe. 2006. Disponível em: <http://sucessoefelicidade.blogspot.com/2006/08/lder-ou-chefe.html>. Acesso em 13 out. 2009.

MESSIAS, Sérgio Bolsonaro. Manual de administração de materiais: planejamento e controle de estoques. 8. ed. Revisada e atualizada, São Paulo: Atlas, 1983. 299p.

 

* Acadêmico de Gestão em Recursos Humanos – UNOESC Fraiburgo. Auxiliar de Pessoal – Construtora Fetz Ltda. josias@fetz.com.br

** Acadêmica de Gestão em Recursos Humanos – UNOESC Fraiburgo. Estagiária – Trombini S/A. alcionelug@hotmail.com.br

 

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Internacionalização da Amazônia

Durante debate em uma universidade, nos Estados Unidos,o ex-governador do DF, ex-ministro da educação e atual senador CRISTÓVAM BUARQUE, foi questionado
sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia.

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O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um Humanista e não de um brasileiro.

Esta foi a resposta do Sr. Cristóvam Buarque:

"De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso.

"Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade.

"Se a Amazônia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro.O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia
para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou
diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço."

"Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser
internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país.
Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.

"Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França.
Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural Amazônico, seja manipulado e instruído pelo gosto de um proprietário
ou de um país. Não faz muito, um milionário japonês,decidiu enterrar com ele, um quadro de
um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.

"Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York,
como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhattan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua historia do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.

"Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas
mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maiores do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.

"Defendo a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à escola.
Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro.

"Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo.
Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia
seja nossa. Só nossa!