quinta-feira, 11 de setembro de 2008

INDICADOR FINANCEIRO ROC E GESTÃO DE ESTOQUE

Juliano da Luz *

Valcir Ribeiro *


Material retirado do ar por ser cópia não autorizada. O autor verdadeiro do artigo é o senhor:

Anderson Tavares
24 - 9835 6966
engenheirotavares@hotmail.com

endereço do artigo original:

www.mba.unifei.edu.br/tccs/TCCMBAAnderson.pdf

Peço desculpas ao autor pela publicação errada e pela não indicação do verdadeiro autor.

Marcelo Moro
Responsável pelo blog "A Casa do Marcelo".

terça-feira, 2 de setembro de 2008

LOGÍSTICA, GESTÃO DE ESTOQUES E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO: Instrumentos Imprescindíveis para Eficiência nas Organizações Públicas e Privadas

Evandro Locateli *

RESUMO

Quando se trata da gestão de estoque não importa se estamos falando do setor publico ou privado, ou de gestão de estoque em uma empresa, o que nunca pode ser esquecido e que em todos os casos estamos falando de algo muito importante e que deve ser levado muito a serio o bom andamento de uma empresa estão diretamente ligados aos seus estoques.

Palavras - chave: Just In Time (JIT)e Postergação, "VMI", o caso do Pão de Açúcar.

ABSTRACT:

When whether care for stock administration does not matter are talking about sector publish or private, or of stock administration of a company, what it never can be forgetful and that in all cases are talking about something very important and that should be carried very seriously, the good course of a company are directly linked to their stocks.

Key-words: Just In Time (JIT) and postponement "VMI" the case of the sugar loaf

1 INTRODUÇÃO

Diferentes direções levam os gestores a utilizar informações de diversas fontes e este trabalho apresenta e desenvolve conceitos e temas relacionados a estoques e à sua gestão pelas organizações, abordando tanto o setor privado quanto o público.

Descreve-se diferentes tipos de estoques, o dilema para o nível de estoque apropriado para a organização pública ou privada em função do processo de produção, da disponibilidade de produtos para os clientes e dos grandes impactos financeiros no seu desempenho.

Mecanismos para reduzir os efeitos negativos dos estoques nas finanças da empresa e para a melhoria da sua competitividade são apresentados: o Just in Time (JIT), a Postergação e a Resposta Eficiente ao Consumidor (ECR – Efficient Consumer Response).

O VMI também apresentado neste que serve para monitorar a informação de vendas e inventário do cliente obtida através dos terminais em pontos de venda ou ponto de consumo.

O trabalho de Detoni1 foi utilizado como referência principal, complementado por artigos que relacionam o tema à satisfação do cliente e a outros importantes elementos do sistema logístico, especialmente o transporte e os sistemas de informações.

Segundo Reinaldo A. Moura. A gestão de estoques é competência ‘vital’ para qualquer empresa, e poderá trazer benefícios inimagináveis.

Segundo Roumiantsev. “Os níveis de estoque, por si sós, não estão relacionados de maneira significativa e negativa aos lucros atuais ou futuros”. “Na verdade, em algumas indústrias, quanto maior o estoque, maior o lucro”.

Gestão de estoque e como uma criança você sabe quando inicia sua educação e nunca saberá quando terá educado-a de verdade. Todo dia e um novo dia para aprender novas técnicas de gestão de estoque assim também e a vida de uma criança. Citação minha.

2 CONTEXTUALIZANDO: UM POUCO DE HISTÓRIA

Os padrões da economia atual enfatizam a diferenciação de produtos e serviços como uma das principais estratégias para a competitividade. Combinada com a atuação em nichos de mercado e atendimento de necessidades e expectativas dos clientes de forma personalizada, a diferenciação exigida promoveu a introdução de inúmeros novos produtos e itens complementares, aumentando significativamente a quantidade de opções de mercado em relação há alguns anos.

Como as necessidades e preferências dos clientes mudam, como ocorre constante evolução tecnológica, os produtos e itens componentes passaram a ter ciclos de vida menores. Tal fato exige grande atenção por parte das organizações para evitar que seus produtos, em qualquer etapa do processo produtivo ou da cadeia de distribuição, sejam considerados obsoletos, o que pode comprometer substancialmente a venda ou aceitação pelo mercado.

Outro fator importante no contexto dos estoques é o aumento da competição, local ou global, combinada com situações econômicas que estabelecem patamares para preços competitivos que, por sua vez, comprimem as margens de lucro.

Na administração pública são exigidas as mesmas práticas administrativas. Elas necessitam de materiais para seus processos produtivos de prestação de serviços ou na gestão de estoques que devem ser entregues à população. Para exemplificar, pode-se citar a questão de medicamentos adquiridos pelo governo para hospitais, prefeituras e para a própria população, munição para as instituições da área de segurança, dos esforços de Logística para uma campanha de vacinação.

3 CONCEITO E TIPOS DE ESTOQUES

Estoques são todos os bens e materiais mantidos por uma organização para suprir demandas futuras.

3.1 Tipos de estoques: Matéria Prima

Produto em processo (em elaboração/produção), produto acabado, materiais e embalagens e produtos necessários para manutenção, reparo e suprimentos de operações, não necessariamente utilizados no processo de fabricação.

O controle ou gestão de estoques compreende todas as atividades, procedimentos e técnicas que permitem garantir a qualidade correta, no tempo correto, de cada item do estoque ao longo da cadeia produtiva: dentro e fora das organizações.

4 A DICOTOMIA DA GESTÃO DE ESTOQUES

Existem estoques ao longo dos diversos pontos da cadeia produtiva: no fornecimento de matéria-prima, no processo produtivo da empresa, nos canais de distribuição até o consumidor final. Existe muita variação da quantidade e natureza dos estoques em função do tipo de indústria na qual a empresa atua, do comportamento do mercado consumidor (expansão, estável, recessivo), do período ou sazonalidade das vendas, do acesso aos fornecedores.

Os estoques têm duas funções básicas: Alimentar a produção ou suprir as vendas. Naquela função, visam permitir produção sem paradas eliminando riscos de paradas na produção decorrentes de problemas no abastecimento e melhorar a eficiência do processo produtivo permitindo períodos mais longos de produção, considerados mais eficientes.

Na função de suprir as vendas, os estoques visam atender as flutuações da demanda e, por conseqüência, melhorar o nível de serviço ao cliente.

"É importante que as empresas atendam, de maneira personalizada e com agilidade, com os menores custos possíveis, as necessidades da cadeia de abastecimento para que não percam o timing de fornecimento do produto ao cliente, uma vez que este é um dos fatores preponderantes para a agregação de valor ao produto." (Ortolani, 2001)

Enquanto as funções acima induzem a adoção de grandes quantidades de estoques ao longo da cadeia produtiva, análises econômicas se contrapõem no sentido de reduzir ao mínimo possível a quantidade de estoques, buscando, se possível, a situação ideal de não se ter estoque.

A abordagem econômica dos estoques considera que existem custos associados e a empresa perde a oportunidade de outros investimentos de capital.

Os custos associados à manutenção do estoque (capital, armazenagem, movimentação, seguros, impostos, obsolescência, avarias e juros) geram despesas, que afetam o lucro da empresa.

O investimento em estoque influencia a rentabilidade da empresa ao absorver capital que poderia ser investido de outra maneira. É um valor muito representativo no balanço das empresas, onde aparece como um elemento do ativo circulante. É o elemento do mix logístico com impacto visível sobre o resultado financeiro da empresa.

Considerando a dicotomia pró e contra os estoques, o seu gerenciamento é elemento fundamental no processo de gestão das organizações.

5 ÍNDICES PARA GESTÃO DE ESTOQUES

A Gestão de Estoques tem reflexos diretos e significativos na eficiência operacional (desempenho) e nas finanças da empresa. Para apoiar o processo de gestão, os indicadores mais comuns são: Giro de Estoque, Prazo Médio de Estoque e Lote Econômico de Compra (LEC), conceitos definidos na literatura e amplamente aplicados pelas práticas empresariais.

O Giro do Estoque é um indicador financeiro que mede a velocidade com que alguns elementos se renovam na empresa; o Prazo Médio de Estoque indica, na média, quantos dias um elemento permanece em estoque ao longo do ano; LEC representa a quantidade ideal de compra, aquela que proporciona o menor custo de manutenção e o menor custo de aquisição do estoque.

Os indicadores variam em função da indústria, da complexidade de produtos, do comportamento do mercado e da Gestão de Estoques da empresa.

6 JUST IN TIME E POSTERGAÇÃO

São dois conceitos que podem ser adotados para reduzir significativamente os efeitos negativos dos estoques.

O princípio do Just in Time (JIT) consiste na disponibilização do elemento (material, componente, produto) no momento em que ele é necessário, no processo produtivo ou nos canais de distribuição e venda.

A Postergação (Postponement) consiste no adiamento da diferenciação a ser introduzida no produto final ao longo do processo produtivo ou da cadeia de distribuição. A diferenciação é introduzida no produto com base num conjunto de itens básicos padronizados, o mais próximo possível do consumo. Permite melhores previsões de venda ao se considerar os produtos padronizados e previsões para a diferenciação porque essas ocorrem mais próximas do momento do consumo.

Excelentes exemplos são citados em Detoni (2001): a BENETTON, que produz roupas com cores neutras, colorindo-as semanas antes do envio para os pontos de venda, de acordo com as tendências da moda; a CORAL tintas que, com recursos de tecnologia fabrica corantes e cores básicas, disponibilizando nos pontos de venda do varejo a possibilidade de criação de milhares de novas cores, segundo as preferências e exigências do cliente.

7 RESPOSTA EFICIENTE AO CONSUMIDOR – O CASO DO PÃO DE AÇÚCAR

Trata-se de uma derivação do conceito de JIT, cujo princípio é reposição do produto na prateleira à medida do consumo (venda). Com base na experiência do Grupo Pão de Açúcar, do fabricante Gessy Lever e o sistema de transporte de mercadorias entre esses parceiros.

O cliente compra uma caixa de sabão OMO pela manhã de determinado dia. Ao passar no caixa do supermercado, através de código de barras e do sistema informatizado que suporta o processo, ocorre baixa do estoque. Ao atingir o nível de estoque de reposição, um pedido padrão é enviado automaticamente para a fábrica (Gessy Lever).

O pedido entra no planejamento e controle da produção da indústria, além de disparar solicitações de matéria-prima para a produção do novo lote de sabão em pó. Os fornecedores de matéria-prima, por sua vez, entregam-na durante o dia. Em paralelo, a indústria transmite um aviso para a transportadora, informando o horário que a carga estará disponível para transporte, avisando também o Centro de Distribuição (CD) do Grupo, onde ocorre uma reserva preferencial para descarga no horário já previsto pelo sistema.

Durante a madrugada, quando o movimento em São Paulo é muito menor e sem congestionamentos, o caminhão da transportadora carrega conjuntos padronizados (palletes) e se dirige ao CD. Após se identificar, tem preferência para ocupar uma plataforma de desembarque pois o pedido já foi identificado. Em função da uniformidade da carga segundo padrões da Logística, o desembarque é rápido, liberando o caminhão para outras entregas.

Para completar o ciclo, o pallete de sabão em pó é transportado do CD para a loja do supermercado, sendo depositado diretamente no ponto de venda, na manhã do dia seguinte. A reposição eficiente com base no que é vendido permite ao supermercado usar o espaço físico para acomodar mais produtos, assegurando a disponibilidade e variedade para o cliente.

Em todo o processo ocorre a redução de estoques, passando a produção a ser comandada pela venda ao consumidor final.

8 ESTOQUES NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

A Administração Pública no Brasil está se retirando gradativamente do setor produtivo, situação que ainda acontece em alguns setores da economia. Na sua essência, serviço público, como o próprio nome diz, consiste em prestar serviços. Por isso, a função predominante na Gestão de Estoques no setor público é de alimentar a produção, no sentido de prover os materiais para a prestação dos serviços.

Enquanto o setor privado tem flexibilidade para escolher e negociar com seus fornecedores conforme o seu desejo, o setor público possui um componente adicional e grande delimitador a ser considerado: a legislação que, na grande maioria dos casos, exige a realização de procedimentos licitatórios para a seleção e compra. Em função dessa particularidade, os custos dos pedidos são muito significativos, além de ampliarem significativamente os prazos de reposição dos estoques.

Algumas recomendações observadas que melhoram a gestão de estoques no setor público:

  • Adoção de ordens de compras que permitam definir quantidades segundo a demanda. As ordens de compra são feitas aos fornecedores contratados mediante processo licitatório até limites definidos no contrato;
  • Entregas de pedidos nos locais de consumo ou de instalação;
  • Instalação e configuração de equipamentos e materiais necessários à prestação dos serviços pelos próprios fornecedores contratados;
  • Uso de licitações na modalidade Registro de Preços.
  • Práticas de leilão reverso através da Internet.

É muito importante ressaltar que as medidas acima são alguns exemplos praticados, que atendem as exigências legais e melhoram a eficiência operacional dos órgãos públicos.

9 A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DOS ESTOQUES

Muitas empresas apresentam estoques equivalentes a dois ou três meses de venda e, pior do que isso, 20% a 30% dele composto por itens obsoletos e até 50% constituído de itens de baixo valor e giro conhecido tecnicamente como slow moving. Por outro lado, essas mesmas empresas apresentam problemas no atendimento de seus Clientes, nos itens de alto valor (classe A) e médio valor (classe B), incorrendo em rupturas. E isso quando não apresentam os mesmos problemas para os itens de menor valor (classe C) . Outras que melhor administram seus estoques, têm dificuldades com a variabilidade da demanda e com os lead-times de seus Fornecedores, gerando uma custosa sobrecarga nos estoques de segurança.

10 ESTRATÉGIAS PARA O SUCESSO DO "VMI (Estoque gerenciado pelo fornecedor)

Este artigo foi desenvolvido com o objetivo de fornecer uma visão geral para as pessoas nas empresas que estão avaliando a implementação de uma iniciativa de estoque gerenciado pelo fornecedor. Isto é, fornecedor assume a responsabilidade pelo planejamento e administração do inventário do cliente, baseado num contrato de serviço de reposição acordado. Na essência, o fornecedor torna-se uma extensão do departamento de administração de materiais do cliente.

O VMI serve para monitorar a informação de vendas e inventário do cliente obtida através dos terminais em pontos de venda ou ponto de consumo, a qual é transmitida eletronicamente, através do EDI/Internet, para fins de liberação de pedidos para reabastecimento. É fornecido um certificado com cada embarque, confirmando que o produto atende ao critério de qualidade descrito no contrato. O VMI pode ser uma proposta interessante, tanto para o fornecedor quanto para o cliente. Por que considerar a implementação de um programa VMI? Existem muitos benefícios, um melhor serviço ao cliente, menor incerteza na demanda devida à dependência da previsão, inventário e custos reduzidos a longo prazo.

11 ASPECTOS CONTRATUAIS

Um acordo VMI bem desenvolvido é a chave para manter um bom relacionamento de longo prazo entre o fornecedor e o cliente. Ao implementar um programa VMI, certos aspectos contratuais devem ser levados em consideração. Ambas as partes desejarão um bom acordo e claramente declarar as expectativas do nível de serviço. Além disso, preço do produto e cláusulas de penalidades garantirá um perfeito relacionamento entre o cliente e o fornecedor, que continuarão crescendo e prosperando no futuro.

12 PEDIDO DE COMPRA "EM ABERTO"

Importantes elementos do pedido de compra em aberto do cliente incluem os parâmetros de processo, o mecanismo de liberação e os termos e condições. Os parâmetros de contrato incluem a data de expiração, a quantidade de compra esperada e o valor monetário do pedido de compra. O mecanismo de liberação pode ser baseado na previsão do cliente ou em um ponto de pedido. A automatização para liberar o produto pode ser automática ou exigir confirmação do cliente. Termos e condições deverão incluir penalidades por falta de estoque, os termos de pagamento de fatura, o preço do produto e termos de fretes e critérios de cancelamento. O sistema de informação do cliente deve incluir uma transação de previsão com informação sobre o consumo esperado do produto e quaisquer promoções planejadas. A transação mostra o consumo real e dispara a reposição.

13 CLIENTE - CAPTURA AUTOMATIZADA DE DADOS

Os códigos de barras são usados pelo cliente para as condições do ponto de venda: assegurar velocidade e rapidez na captura de dados. Leitores de códigos de barras podem ser usadas no recebimento, expedição e pelo sistema de gerenciamento do armazém (WMS). As necessidades de negócio do fornecedor incluem um sistema de liberação de pedido do cliente, um programa de zero defeitos, EDI/Internet, um grupo de gerenciamento de inventário e logística, coleta automatizada de dados/capacidade de usar código de barras e a habilidade de fornecer um certificado de qualidade.

14 FORNECEDOR - PLANEJAMENTO DO RECURSO DE DISTRIBUIÇÃO

O sistema do fornecedor deve ser capaz de armazenar um pedido em aberto do cliente, assim como na forma de uma ordem do cliente em branco, permitindo ao grupo logístico iniciar as liberações que respeitam os termos e as condições do pedido. Um aviso antecipado de expedição é automaticamente enviado eletronicamente, após confirmação do embarque no sistema do fornecedor. A coleta de dados através da tecnologia do Ponto de Venda acelera a velocidade e assegura a melhoria das vendas e dados de inventário do cliente, mas o PdV pode não estar disponível em todas as circunstâncias. Deve ser estabelecido um método alternativo de coleta de dados. Uma possibilidade é o uso de etiquetas de código de barras e equipamentos de leitura. Etiquetas de código de barras podem ser exigidas pelo cliente para facilitar o processo de recebimento. O fornecedor pode ter de investir em impressoras de etiqueta de códigos de barras, mesmo que os códigos de barras não sejam atualmente usados internamente para coleta de dados.

15 UNS PONTOS PARA UM MELHOR GERENCIAMENTO DO INVENTÁRIO

A previsão de vendas é um determinante-chave do giro de inventário e nível de serviços, incluindo o tempo do ciclo para entrega do pedido. Uma boa previsão de vendas significa ficar próximo do cliente para monitorar e prever as flutuações sazonais e o ciclo de vida dos produtos. Gerenciar o nível de serviço ao cliente é o segundo pré-requisito para uma melhor administração dos materiais.

Grande parte dos clientes espera um serviço consistente e confiável. Estabelecer e monitorar padrões de serviço e alertar os clientes antes que haja uma falha em atender a estes padrões. E um relacionamento positivo com os clientes pode frequentemente facilitar a substituição de um produto, ao invés de se ter uma venda perdida quando ocorre a falta. Os distribuidores fornecem o elo essencial entre o fabricante do produto e os clientes. Isto significa que relacionamentos com os fornecedores são tão importantes quanto relacionamento com os clientes. Muitas empresas oferecem descontos para estimular pedidos maiores ou pagamentos à vista. Todavia, do ponto de vista do distribuidor, o gerenciamento eficaz do inventário significa minimizar as quantidades por pedido e maximizar a frequência dos pedidos, levando em consideração os lead-times do fornecedor. O equilíbrio entre os objetivos conflitantes dos fornecedores e distribuidores exige um relacionamento íntimo de trabalho entre os dois.

A comunicação aberta dos contatos pessoais em todos os níveis frequentemente fornece importantes benefícios para o gerenciamento dos inventários do distribuidor, incluindo pedidos maiores, descontos promocionais e melhores prazos de pagamento. Ademais, um intenso relacionamento de trabalho com fornecedores importantes pode criar oportunidades para venda por consignação ou devoluções de excessos ou de itens encalhados.

Contudo, para desenvolver e manter um intenso relacionamento de trabalho com fornecedores importantes é preciso basear-se, também, em informações sólidas e isto significa manter um sistema de "puxar" as necessidades dos clientes através de um eficiente sistema de resposta rápida.

Outro ponto é estabelecer objetivos realísticos para o giro de estoques. Políticas de inventário devem ser estabelecidas com base no giro projetado dos itens individuais da linha de produtos. Idealmente, os responsáveis pelo controle dos níveis de inventário e satisfação dos padrões de serviço aos clientes devem ser responsáveis pelo cumprimento das políticas, inclusive para os períodos sazonais.

O gerenciamento efetivo dos estoques do distribuidor também requer uma apreciação dos custos de manter inventário e dos custos de transporte. A distribuição entre os custos do capital investido e os custos operacionais é importante para uma tomada de decisão sobre os níveis de estoque. O equilíbrio destes custos é o que determinou - há quase um século - o famoso lote econômico, ou quantidade econômica por corrida de produção ou compra.

Excelentes sistemas de informação são uns ótimos pré-requisitos para a efetiva administração dos materiais. Informações detalhadas e pontuais sobre a demanda, saldos em estoque, níveis de serviço e quantidades sugeridas para reposição podem fornecer aos gerentes uma posição competitiva no gerenciamento dos materiais.

Finalmente, o efetivo gerenciamento dos inventários exige disciplina para acompanhar políticas e procedimentos relativamente simples, mas de modo cuidadoso e consistente. Treinar operadores com base na administração de estoques e implementar sistemas específicos de inventário na empresa, como também procedimentos pode minimizar os efeitos adversos.

CONCLUSÃO

Diversos aspectos são importantes quando falamos em estoques um deles muito comentado foi o Just in Time e se os gestores tem dificuldade em gerir estoques este é um ponto positivo para iniciar a gestão dos estoques, neste trabalho indicamos texto diversos e aspectos dos estoques nas organizações, em especial no setor privado, mas não esquecendo do conceito em relação às organizações públicas.

Os estoques são muito importantes no processo de gestão da empresa, pela manutenção do processo produtivo, pela entrega de valor ao cliente e, principalmente, pelo impacto financeiro no desempenho da empresa. A gestão de estoques pode ser oferecida como um serviço logístico mais complexo, com remuneração proporcional a esse diferencial.

Referências Bibliográficas

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[Det2001] DETONI, M. M. L. Estoques. Florianópolis, 2001. Material não publicado.

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[Ort1997] ORTOLANI, L. F. B. Produtividade da Tecnologia da Informação: evidência e indicadores da administração pública no Paraná. 1997. 126 f. Dissertação (Mestrado) - EAESP, Fundação Getúlio Vargas, São Paulo,1997.

[Ort2001] ____. Operadores logísticos. Trabalho Final (Disciplina de Logística) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, UFSC, Florianópolis, 2001.

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[Tor2000] TORRES, L.; MILLER, J. Alinhamento estratégico com o cliente. HSM Management, São Paulo, ano 4, n. 21, p. 64-70, jul./ago. 2000. ortolani@celepar.gov.br

Texto de Luiz Fernando Ballin Ortolani

Reinaldo A. Moura, Diretor da IMAM Consultoria Ltda., de São Paulo.

Marco Antonio Oliveira Neves,

Diretor da Tigerlog Consultoria, Hunting e Treinamento em Logística Ltda.

marcoantonio@tigerlog.com.br www.tige julho/2.006

Daniel Gasnier, Diretor da IMAM Consultoria www.imam.com.br

Daniel Georges Jehlen Gasnier, Consultor da IMAM Consultoria Ltda., de São Paulo.

Tel. (0--11) 5575 1400 imam@imam.com.br

www.gwww.polito.com.br

guiadelogistica.com.br .

Evandro Locateli – Graduando em Gestão Empresarial – Técnico Administrativo - Perdigão