quinta-feira, 25 de março de 2010

ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS: Uma abordagem logística

Gabriela Goetten[1]

Vanice Dalagnol[2]

 

RESUMO

 

O objetivo da administração de materiais é diminuir custos e obter os materiais certos na hora e local desejado. Existem diversos tipos de organização, sejam privadas ou públicas, que se utilizam dos serviços logísticos. Com esforço logístico bem planejado podem-se controlar desvios de desempenho e minimizar o nível do estoque comprometido. Quanto mais eficiente for o projeto do sistema logístico de uma empresa, mais precisas deverão ser as informações. Os sistemas logísticos devem ser projetados para utilizar o tipo de transporte que minimize o custo total dos sistemas. As necessidades de estoque de uma empresa dependem da estrutura de rede e do nível desejado de serviço ao cliente. O manuseio de materiais é uma atividade muito importante, no depósito os produtos devem ser recebidos. A armazenagem, o manuseio de materiais e a embalagem simplificam e aumentam a rapidez do fluxo de produtos ao longo de todo sistema. Quem trata da movimentação de produtos acabados para entrega aos clientes é a distribuição física. O princípio do gerenciamento da cadeia de suprimento esta fundamentado na convicção de que a eficiência pode ser aprimorada por meio de compartilhamento de informação e planejamento conjunto. A informação é considerada um dos elementos-chaves para a obtenção, no futuro, de vantagem competitiva na área de logística.

 

Palavras-chave: Administração. Materiais. Informação.

 

RESUMEN

 

El objetivo de la gestión de materiales es reducir costes y obtener los materiales adecuados en tiempo y sitio deseado. Existen varios tipos de organización, ya sea privada o pública, que el uso de servicios de logística. Con buen esfuerzo logístico previsto se puede controlar la desviación de los resultados y reducir al mínimo el nivel de compromiso de inventario. La información más eficiente el diseño del sistema de una empresa de logística, para ser más precisos. Los sistemas de logística debe estar diseñado para utilizar el tipo de transporte que minimizan el costo total de los sistemas. El inventario de las necesidades de una empresa depende de la estructura de la red y el nivel deseado de servicio al cliente. El manejo de materiales es una actividad muy importante en los productos de depósito debe ser recibido. El almacenamiento, manipulación y envasado de materiales de simplificar y aumentar la velocidad del flujo de productos en todo el sistema. ¿Quién es el movimiento de los productos terminados para su entrega a los clientes es la distribución física. El principio de la gestión de la cadena de suministro se basa en la creencia de que la eficiencia puede mejorarse mediante el intercambio de información y planificación conjunta. La información no está considerado como uno de los elementos clave para lograr en el futuro de la ventaja competitiva en la logística.

 

Palabras clave: Administración. Materiales. De la información.

 

 

INTRODUÇÃO

 

A logística moderna agrega a distribuição e o suprimento numa única organização. Entre as atividades da logística estão o transporte, movimentação de materiais, armazenagem, processamento de pedidos e gerenciamento de informações. Quanto mais eficiente for o projeto do sistema logístico de uma empresa, mais precisas deverão ser as informações, no entanto, informações incorretas e atrasos no processamento de pedidos podem prejudicar o desempenho da logística. As seleções de instalações estabelecem uma estrutura de rede que gera o conjunto de necessidades de transporte. As necessidades de estoque de uma empresa dependem da estrutura de rede e do nível desejado de serviço ao cliente. As estratégias de estoque devem concentrar-se na satisfação das necessidades dos clientes preferenciais, entregar produtos rapidamente para atender as necessidades do cliente é muito importante para a logística. O manuseio de materiais é uma atividade muito importante, no depósito os produtos devem ser recebidos, movimentados, separados e agrupados de modo a atender as necessidades dos pedidos dos clientes. A armazenagem, o manuseio de materiais e a embalagem simplificam e aumentam a rapidez do fluxo de produtos ao longo de todo sistema. Quem trata da movimentação de produtos acabados para entrega aos clientes é a distribuição física. As informações sobre transporte e expedição, influenciam na movimentação de estoques. Fabricantes podem oferecer aos clientes lotes combinados ou sortidos de produtos. O principio do gerenciamento da cadeia de suprimento esta fundamentado na convicção de que a eficiência pode ser aprimorada por meio de compartilhamento de informação e planejamento conjunto. A programação e o controle da produção e o planejamento da capacidade das instalações exigem previsões precisas, permitindo que executivos destinem os recursos necessários antecipadamente. A formulação de políticas de estoque requer conhecimento do estoque nas áreas de produção e de marketing das empresas. Um gerenciamento eficaz de estoques pode influenciar na lucratividade da empresa também pode aumentar as receitas de vendas.

 

2 DESENVOLVIMENTO

 

A Logística é a área responsável por prover recursos, equipamentos e informações para a execução de todas as atividades de uma empresa.

Logística é a parte do Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento que planeja, implementa e controla o fluxo e armazenamento eficiente e econômico de matérias-primas, materiais semi-acabados e produtos acabados, bem como as informações a eles relativas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às exigências dos clientes (CARVALHO, 2002, p. 31).

 

 Entre as atividades da logística estão o transporte, movimentação de materiais, armazenagem, processamento de pedidos e gerenciamento de informações. Hoje a logística moderna agrega a distribuição e o suprimento dentro do possível numa única organização. As pessoas de logística são os responsáveis pelo tempo necessário de obter as mercadorias, tudo depende da localização geográfica, com isso, os custos de transporte podem diminuir. Uma falha no processo de compras pode causar custos desnecessários para a logística. O profissional de logística para ser mais valorizado, tem que entender sobre todos os assuntos que dizem respeito à cadeia logística. Existem diversos tipos de organização, sejam privadas ou públicas, que se utilizam dos serviços logísticos, como empresas manufatureiras, empresas de transporte, empresas alimentícias, serviços postais, distribuição de petróleo, transporte público e muitas outras. À medida que as empresas investem em parceiros comerciais, aumentam os gastos com o planejamento de toda a cadeia. Mas, percebe-se que há uma redução de custos e melhoramento dos níveis de satisfação dos usuários. A logística é o caminho para a diferenciação de uma empresa, porém é necessário que esteja inserida no processo de planejamento de negócio da organização e alinhada com os demais esforços para atingir sucesso. Os sistemas de informação ajudam os processos e operaçõe registrando e armazenando dados das vendas, compras, investimentos, salários e outra contabilidade, processando os registros de contabilidade em previsões de lucro, balanço, relatórios de gestão, e outras formas de informação financeira, registrando e armazenando dados do inventário, trabalho em curso, reparação e manutenção de equipamento,dos quais são registrados em controladorias, em agendas de produção, sistemas de inventário, e sistemas de monitorização da produção, registrando e armazenando dados sobre o pessoal, salários, histórico de contratações, e outros registros de recursos humanos, processando estes registos em relatórios de despesas com pessoal, e relatórios baseados em desempenho, registrando e armazenando dados de mercado, perfis de cliente, histórico de compras por cliente, estudos de mercado, publicidade, processando registros de marketing em relatórios publicitarios, com planos de marketing, e relatórios de vendas,registrando  estratégicas em relatórios de trocas industriais, quotas de mercado, planejamento de objetivos, controla e monitoriza planos, estratégias, tácticas, novos produtos, novos modelos de negócio, ou novos investimentos. Para a organização é assim que elas podem agregar valor para os tomadores de decisão.

 

As empresas procuram desenvolver e programar uma competência logística que satisfaça às expectativas básicas do cliente com um custo total realista. Nem sempre, o custo total mais baixo ou o melhor serviço ao cliente constitui a estratégia mais apropriada. Com esforço logístico bem planejado podem-se controlar desvios de desempenho e minimizar o nível do estoque comprometido. Uma estratégia adequada requer uma capacidade de análise de sensibilidade para calcular o custo necessário para atingir níveis alternativos de serviço. Um sistema logístico bem planejado e operado de maneira adequada pode ajudar a obter vantagem competitiva.

 

Quando as operações logísticas estão fortemente integradas, elas podem servir como base para a obtenção de vantagens estratégicas. A convicção de que um desempenho integrado produz melhores resultados que funções individualmente gerenciadas, sem coordenação entre si. A execução e coordenação de atividades especificam são exercidas nas áreas de distribuição física, onde a manufatura e suprimento são essenciais. É por meio de ciclos de atividades que a logística de uma empresa é operacionalmente vinculada, tanto externa como internamente, a clientes e fornecedores, para criar uma cadeia de suprimentos. A variação de desempenho operacional é a fonte de incerteza, da qual deve ser solucionada no sistema logístico. Toda e qualquer organização necessita de apoio e cooperação de varias outras empresas para a consecução de seu processo logístico. Então a eficiência é aprimorada por meio de eliminação de duplicação e desperdício. O projeto de rede é uma responsabilidade da gerência logística, visto que as estruturas das instalações da empresa são usadas para fornecer produtos e materiais aos clientes, tem por objetivo determinar quantidades e a localização de todos os tipos de instalações para a execução do processo logístico. Formas estrutura da quais as operações logísticas são executadas. A seleção de uma melhor rede em termos de localização pode significar o primeiro passo para a obtenção de vantagem competitiva. A vantagem de fluxo rápido de informação esta relacionada com o equilíbrio dos procedimentos de trabalho. Todo gerenciamento de pedidos depende de informação. O pedido do cliente, interno ou externo, é a principal transação na logística. Quanto mais eficiente for o projeto do sistema logístico de uma empresa, mais precisas deverão ser as informações. No entanto, informações incorretas e atrasos no processamento de pedidos podem prejudicar o desempenho da logística. A informação de boa qualidade é fator-chave para a operação logística.

O custo de transporte é o pagamento pela movimentação entre dois pontos geográficos e as despesas relacionadas com gerenciamento e a manutenção de estoque em transito. Os sistemas logísticos devem ser projetados para utilizar o tipo de transporte que minimize o custo total dos sistemas. Isso significa que o transporte mais barato nem sempre resulta no custo total mais baixo de movimentação física (BOWERSOX, Donald J, 2007, p. 40).

Quando mais rápido o serviço de transporte, mais curto será o intervalo de tempo durante o qual o estoque ficara em transito e indisponível. Executivos de logística começaram a procurar um serviço mais rápido, sem comprometer a consistência. As seleções de instalações estabelecem uma estrutura de rede que gera o conjunto de necessidades de transporte e limitam as alternativas, o custo total do transporte envolve mais do que a fatura do frete. As necessidades de estoque de uma empresa dependem da estrutura de rede e do nível desejado de serviço ao cliente. Tem como objetivo fornecer serviço desejado ao cliente mantendo o mínimo em estoques. Consiste com o menor custo total possível, pois estoques excessivos podem causar deficiências de competência gerencial. As estratégias de estoque devem concentrar-se na satisfação das necessidades dos clientes preferenciais entregarem produtos rapidamente para atender as necessidades do cliente é muito importante para a logística. Assim a entrega rápida de produtos e materiais pode permitir a redução de estoques nas fabricas. Recebendo quantidade exata de estoques no momento certo. As mercadorias necessitam ser armazenadas em momentos específicos durante o processo logístico, e por fim, os produtos são manuseados de uma maneira mais eficiente quando embaladas em quantidade, em caixas de papelão ou em outros tipos de embalagem. O manuseio de materiais é uma atividade muito importante, no deposito os produtos devem ser recebidos, movimentados, separados e agrupados de modo a atender as necessidades dos pedidos dos clientes. A armazenagem, o manuseio de materiais e a embalagem simplificam e aumentam a rapidez do fluxo de produtos ao longo de todo sistema. A logística serve para permitir que o estoque tenha as vantagens de posse, tempo e lugar desejado pelo menor custo total. O estoque em processo deve ser movimentado para satisfazer a montagem final. Qualquer que seja o tamanho da empresa, a logística é essencial e requer uma atenção continua. Quem trata da movimentação de produtos acabados para entrega aos clientes é a distribuição física. A área de apoio a manufatura concentra-se no gerenciamento de estoque em processo, participando da formulação de produção. A manufatura se preocupa em saber o que é fabricado e quando e onde os produtos são fabricados. O apoio à manufatura tem diferença significativa e abrange as necessidades de movimentação que estão sob o controle da empresa fabricante. O suprimento abrange a compra e a organização da movimentação de entrada de materiais, de peças e de produtos acabados dos fornecedores, para fabricas ou montadoras, depósitos ou loja de varejo. No geral o suprimento engloba a disponibilidade de sortimento de materiais onde e quando necessário. Com o fluxo de informações podemos identificar locais específicos dentro de um sistema logístico em que é preciso atender a algum tipo de necessidades. Fornece uma visão geral das necessidades de informações indispensáveis para orientar um sistema logístico. O maior objetivo do fluxo de planejamento de informações é integrar atividades especificas dentro de uma empresa e facilitar o desempenho. Para o gerenciamento de pedidos é necessário transmissão de informações e atribuir responsabilidades pela satisfação das necessidades dos clientes. As operações de distribuição dependem de fluxos de informações necessárias para facilitar e coordenar o desempenho dentro das instalações logísticas. O gerenciamento de estoques utiliza informações com objetivo de cumprir o plano logístico. As informações sobre transporte e expedição, influenciam na movimentação de estoques. Juntamente com o suprimento que também utiliza de informações para concluir a preparação e a liberação de pedidos de compra.  Localização das instalações deve ser estabelecida, as informações obtidas e compartilhadas, o transporte providenciado, o estoque posicionado e deve ser realizadas atividades de armazenagem, manuseio de materiais e embalagem.

 

O cliente é uma organização que esta tomando posse do produto ou serviço que esta sendo entregue. Algo que contribui com a logística é a qualidade total. A logística existe com o único propósito de fornecer os clientes externos e internos entregas de produtos corretos no prazo certo. O que é fornecido ao cliente é elemento essencial no desenvolvimento de uma estratégia de logística.

 

A administração de materiais coordena a movimentação de suprimentos com as exigências de operações. O objetivo da administração de materiais é diminuir os custos e obter os materiais certos na hora e local desejado. Portanto, administrar estoques ou trafego se torna similar, melhorando a administração das atividades, diminuindo o custo administrativo. Compartilhando responsabilidades da administração de materiais  com a admistração da distribuição fisica dentro da empresa.

A administração de materiais é o inverso da distribuição física. Trata do fluxo de produtos para a firma ao invés de parti-la dela. Muitas atividades da administração de administração de materiais são compartilhadas com a distribuição física. Entretanto existem algumas diferenças que são a chave da boa administração do fluxo de suprimento. Essas diferenças enfocam principalmente o modo pelo quais os fluxos são iniciados e sincronizados e a seleção das fontes de fornecimento (BALLOU, Ronald H.2007, p.58)

A administração de materiais liga-se diretamente com operações pelo abastecimento de peças, matérias-primas ou subconjuntos numa base de encomendas diretas ou através de estoques, em antecipação de necessidades de uso. É a ordem de compra que aciona o fluxo de materiais no canal de suprimento e sua preparação e transmissão representa a principal atividade der processamento de pedidos na administração de materiais. Seu objetivo é ter os materiais requeridos no lugar certo e no instante certo, providenciando o movimento de materiais ao custo mínimo relativo ao nível de serviço necessário. A administração de materiais lembra o processo de compras, da qual deve selecionar as fontes de suprimento, assegurar de que materiaisé necessario, acompanhar os pedidos e ordens de compra, verificar notas fisicas, registrar as compras e sempre manter relacionamento com os vendedores. Significativamente a eficiência depende do preço, qualidade, fornecimento, continuidade e localização. A administração de materiais pela sua importância vai além do papel que executa em uma indústria e ganha o papel principal em vários negócios, entre eles os mercados e as grandes empresas de varejo. Empresas que compram para revender põem em prática toda uma ótima administração de materiais, que envolve estudos dos lotes econômicos de compra, lotes ideais de compra, estoque mínimo, estoque regulador, tempo de pedido, entre outros.

 

O canal é o meio através do qual um sistema de livre mercado realiza a transferência de propriedade de produtos e serviços, é onde é determinado o sucesso ou fracasso final da empresa. Um canal é um grupo de entidades interessadas que assume a propriedade de produtos ou viabiliza sua troca durante o processo de comercialização, do fornecedor inicial até o comprador final. Assim, os canais são definidos como sistemas de relacionamentos entre entidades que participam do processo de compra e venda de produtos e serviços. Para a distribuição a especialização é um fator fundamental para a sua eficiência, é a condição básica para obter sortimento de produtos, que é o processo de definição e separação de uma combinação de produtos desejados pelo cliente. Com uma grande concentração de um único produto ou de vários produtos diferentes, com a finalidade de expedição em conjunto. As transações totais necessárias para completar o sortimento podem ser reduzidas com a concentração de especialistas, destacando o poder de especialização. Fabricantes podem oferecer aos clientes lotes combinados ou sortidos de produtos, esses quando combinados permitem que os clientes mantenham um estoque mínimo dos produtos de transporte mais baixo resultante da consolidação. A fase final do sortimento consiste na dispersão. O principio do gerenciamento da cadeia de suprimento esta fundamentado na convicção de que a eficiência pode ser aprimorada por meio de compartilhamento de informação e planejamento conjunto. Formação de relacionamento tem como objetivo aumentar a competitividade do canal de cooperação na cadeia de suprimento, para isso, é preciso compartilhar informações, da qual é essencial para permitir quer as empresas façam o q é certo de maneira mais rápida e mais eficiente. O compartilhamento de informação e o planejamento conjunto podem eliminar ou reduzir grande parte do risco de especulação com estoque.

 

“A meta da empresa visionária é fazer cada vez mais com cada vez menos até fazer tudo com nada” (BOWERSOX, 2007, p. 100).

 

As novas práticas logísticas são movidas pela tecnologia baseado na estratégia comprovada aumentando competitividade, resulta uma diferenciação duradoura de parceiros comerciais aos prestadores de serviço. A melhor maneira de programar mecanismos que possibilitem a integração da cadeia de suprimento, visando a superioridade competitiva, é fazê-lo por meio de acordos voluntários. O relacionamento atende a objetivos estratégicos importantes dos parceiros, portanto eles precisam um do outro, e devem ter comunicação aberta, com responsabilidades e processos decisórios bem estabelecidos. Quando a infra-estrutura não é padronizada, é necessário que as mercadorias sejam descarregadas e recarregadas em diferentes veículos, na passagem de fronteiras internacionais, o que resulta em aumento de custos e de tempo.

 

A visão globalizada da empresa determina a forma como o gerenciamento da logística trata as operações internacionais. As empresas podem atingir um crescimento futuro, aumentar economias de escala e aumentar a lucratividade por meio de comercio e operações globalizadas, essas aumentam a importância da logística e colocam maior pressão sobre seus executivos.

 

O objetivo central de redução de estoque em toda a cadeia de suprimento tem levado os executivos a considerar que a informação pode ser um instrumento eficaz na redução de estoque e nas necessidades de recursos humanos. A informação aumenta a flexibilidade para decidir como, quando e onde os recursos podem ser utilizados para que se obtenha vantagem estratégica. A informação é considerada um dos elementos-chaves para a obtenção, no futuro, de vantagem competitiva na área de logística. As necessidades de produção contribuem para resolver os gargalos de capacidade do dia-a-dia, dentro do sistema de gerenciamento de materiais. As estratégias de produção integram totalmente as necessidades de logística e de produção. As necessidades de suprimento dependem das restrições de capacidade, das necessidades logísticas e de produção, para possibilitar a programação de materiais em longo prazo e estabelecer os planos de liberação. O transporte e a expedição sempre enfatizaram a missão de documentos e a determinação de frete. A crescente possibilidade de reduzir os custos, por meio de um melhor gerenciamento de transporte, se da ênfase ao monitoramento do desempenho, a auditoria de fretes, programação, a relatórios e a análise de decisões.

O sistema de informações gerenciais refere-se a todo equipamento, procedimentos e pessoal que criam um fluxo de informações utilizadas nas operações diárias de uma organização e no controle global das atividades da mesma. Pode incluir o uso de computadores, mas estes não são obrigatórios (BALLOU, Ronald H, 2007, p. 278).

 

O sistema de informações logísticas é um subsistema de informações gerenciais, que providencia a informação especificamente necessária para a administração logística. As necessidades logísticas podem ser separadas em quatro níveis, o mais baixo refere-se a transações e a consultas, o segundo envolve o uso de informações pelos supervisores de primeira linha, o terceiro nível pertence ao planejamento e controle táticos, e o quarto envolve a definição de metas, políticas e objetivos, decidindo toda a estrutura logística, portanto os recursos para executar a distribuição e o suprimento. Numa empresa pequena, não a necessidade de um sistema automatizado de informação, um sistema manual é mais prático. Sistemas manuais ou computadorizados são basicamente os mesmos, as funções básicas de um sistema de informação são transferir, armazenar e transformar informação. A demanda de dados de informações é ditada pelas decisões que precisam ser tomadas. Quanto mais acessível a informação for mais cara será sua armazenagem e sua recuperação, a freqüência de consulta pode ser diária, semanal ou mensal. Sistemas de informação em tempo real ou on-line são os mais sofisticados meios para acesso a informação rapidamente e devem ser usados parcimoniosamente. Boa informação é um ingrediente vital no planejamento, operação e controle de sistemas logísticos. Hoje empresas devem analisar o fluxo de informação interno e entre empresas, a fim de incorporar maior integração e flexibilidade, minimizando os custos. A projeção de tendências históricas é outra atividade básica de processamento de dados, que converte dados históricos em previsões.

 

As previsões orientam o planejamento e a coordenação de sistemas de informação logística. São projeções de valores ou quantidades que provavelmente serão produzidas, vendidas ou expedidas, essas são representadas em unidades ou em valores monetários e podem ser elaborados por cliente ou por itens. A programação e o controle da produção e o planejamento da capacidade das instalações exigem previsões precisas, permitindo que executivos destinem os recursos necessários antecipadamente. As tecnologias de comunicação oferecem oportunidades de compartilhar previsões com clientes e com usuários dessas dentro da empresa. As previsões das necessidades logísticas determinam o encaminhamento de produtos para atacadistas, varejistas e centros de distribuição, as previsões de necessidades de produção afetam as necessidades de suprimento, para atingir a integração da cadeia de suprimento é necessário que todas as atividades sejam orientadas pela mesma previsão. A logística deve levar em conta as promoções de marketing. As previsões se dividem por local, por quantidade de produto e por período de tempo, antes de determinar o processo de previsão tem que se entender a demanda e os principais componentes de previsão, previsões de demanda podem ser classificadas como dependentes ou independentes, a demanda dependente caracteriza-se por uma seqüência interligada de atividades de compra e de produção, a previsão dos itens dependentes pode derivar diretamente da previsão do item independente, a demanda de determinado item é considerado independente quando não se relaciona com a demanda de outro item. A elaboração de previsões consome muito tempo e precisa de muita informação. Os componentes da previsão envolvem o nível de venda, ou seja, a quantidade remanescente após a remoção de todos os demais componentes, os fatores sazonais, que provocam movimentos de aumento ou de redução no nível de vendas, a tendência de crescimento ou queda, é definida como a variação sistemática das vendas verificada a longo prazo que pode ser positiva, negativa ou neutra, os fatores cíclicos, que caracterizam-se por mudanças no padrão de demanda em períodos superiores a um ano, as promoções que depende do marketing da empresa,e os fatores aleatórios que constituem uma parcela imprevisível das vendas que não se encaixa nas outras categorias. O período de operações logísticas normalmente projetadas é de um ano ou menos, dependendo do uso pode ser projetado para dias, semanas, meses, trimestres, semestres ou anos. Apesar de a tarefa de prever ainda não ser uma ciência existem muitas empresas adotando processos de previsão que incluem a coleta de dados de várias fontes, estatística sofisticada e pessoal treinado e motivado. O uso de uma técnica requer compatibilidade entre a situação existente e o tratamento dado pela técnica, há três tipos de técnicas de previsão: qualitativa, de séries temporais e causal.

A precisão das previsões depende da diferença entre os valores estimados e os respectivos valores das vendas reais. Seu aperfeiçoamento requer avaliação e analise de erros. Há três estágios para reduzir erros de previsão. Primeiramente, devem ser definidos os parâmetros adequados de avaliação. Em segundo lugar, deve ser determinado o nível de avaliação ou retorno de resultados. Por ultimo, devem ser estabelecidos pontos de realimentação no processo, a fim de melhorar o acerto das previsões (BOWERSOX, Donald J, 2007, p. 218).

 

As decisões que envolvem estoque são de alto risco. A formulação de políticas de estoque requer conhecimento do estoque nas áreas de produção e de marketing das empresas. Deve-se ter uma visão dos ativos investidos numa empresa normal para compreender a importância do estoque, embora o investimento em estoque seja substancial, seu gerenciamento tem reduzido seu porte tanto em relação às vendas correntes quanto ao PNB. A manutenção de estoque implica riscos de investimentos e obsolescência, o investimento feito para estoque não pode ser usado para compra de mercadorias ou outros ativos destinados a melhoria da empresa, é importante saber que os riscos mudam conforme o canal de distribuição da empresa, por ex. produção, atacado e varejo. Na produção o risco tem uma dimensão a longo prazo, no atacado a exposição dos atacadistas é menor do que a dos fabricantes, mas é mais profunda e de maior duração que a dos varejistas, para os varejistas o gerenciamento de estoque é uma questão de compra e venda o risco pode ser considerado amplo mas não profundo. A política ideal de estoques seria aquela sob encomenda, ou seja, aquela feita a partir de especificações de clientes. O estoque desempenha quatro principais funções: especialização geográfica, estoques intermediários, equilíbrio entre suprimento e demanda, gerenciamento de incertezas. A primeira é permitir especialização geográfica considerando cada unidade operacional, a segunda função possibilita máxima eficiência operacional em unidades de produção e permite que o produto seja fabricado e distribuído em lotes econômicos maiores que a demanda de mercado, a terceira função esta relacionada com o tempo decorrido entre produção e consumo, e o estoque de segurança ameniza variações ou incertezas de curto prazo de demanda e de ressuprimento. O custo de manutenção de estoque esta associado a manter mercadorias por um período de tempo. Quando as necessidades de ressuprimento são conhecidas podem-se evitar os estoques, suprindo os produtos somente quando necessário. O ponto de ressuprimento pode ser estipulado em unidades ou em dias de suprimento.  Existem ainda empresas que mantêm seus registros de estoque em fichas e processam pedidos e análises de inventário manualmente, isso acontece não por falta de sistemas informatizados, mas sim porque a administração esta satisfeita com o desempenho do sistema manual.

 

As empresas devem estabelecer e programar políticas de estoques com base em considerações de natureza estratégica e isso requer o desenvolvimento de um processo gerencial.

O gerenciamento de estoque é o processo integrado pelo qual são obedecidas as políticas da empresa e da cadeia de valor com relação aos estoques. A abordagem reativa ou provocada usa a demanda dos clientes para deslocar os produtos por meio dos canais de distribuição. Uma filosofia alternativa é a abordagem do planejamento, que projeta a movimentação e o destino dos produtos por meio dos canais de distribuição, de conformidade com a demanda projetada e com a disponibilidade dos produtos. Uma terceira abordagem, hibrida, é uma combinação das duas primeiras, resultando numa filosofia de gerenciamento de estoques que responde aos ambientes de mercado e dos produtos (BOWERSOX, Donald J, 2007, p. 254).

 

O controle de estoque é rotineiro e necessário ao cumprimento de uma política de estoques, ele abrange as quantidades disponíveis num local e acompanha as suas variações ao longo do tempo, essas funções podem ser feitas manualmente ou por computador, a principal diferença é a velocidade, o custo e o canal. Os processos de controle de estoque permanentes são executados diariamente para verificar as necessidades de ressuprimento, já os processos periódicos são exercidos sobre cada item em intervalos semanais ou mensais. Os métodos reativos de estoques respondem a necessidades da empresa no controle de estoques ao longo do canal de distribuição, os métodos de planejamento de estoques usam dados comuns para coordenar necessidades de estoques nos diversos locais da cadeia de agregação de valor. Uma estratégia integrada de estoques inclui políticas e procedimentos para determinar locais de armazenagem, prazos e quantidades de ressuprimento. Um gerenciamento eficaz de estoques pode influenciar na lucratividade da empresa também pode aumentar as receitas de vendas.

 

O problema de programação nas organizações é saber quando, onde e quanto produzir. Toda programação de produção deve começar com uma estimativa de demanda presente e futura e o conhecimento da que esta disponível. A diferença entre as necessidades de demanda e estoques indica as necessidades de suprimento, mão-de-obra e capacidade produtiva. A aquisição é a atividade realizada entre organização e fornecedores e da a impressão de se tratar de compras. Em algumas empresas se da pouca importância para o suprimento, pois tem pouco controle sobre a movimentação no fornecimento. Os problemas da administração de suprimentos são diferentes dos da distribuição física, a aquisição seleciona algumas fontes de fornecimento e na distribuição os produtos são entregues a clientes que estão localizados muito longe. A entrada e o processamento de pedidos referem-se aquelas atividades envolvidas na coleta, verificação e transmissão de informação de vendas realizadas. Essas atividades podem ser identificadas por exames de um ciclo de fluxo de informações. A entrada de pedidos é formada pelas atividades que estão entre clientes e fornecedores, o objetivo é obter máximo de velocidade e precisão ao mínimo custo. O processamento de pedidos, ou o fluxo de informações de ordens de vendas é uma das principais atividades logísticas, juntamente com transporte e manutenção de estoques.

 

O transporte é um dos meios mais visíveis nas operações logísticas, ele tem duas funcionalidades: movimentação e armazenagem de produtos. Na movimentação se transporta produtos até a fase seguinte do processo de fabricação ou até um local mais próximo do cliente, em qualquer que seja sua forma, como utiliza recursos temporais é importante que ele seja transportado apenas quando há aumento do valor dos produtos. Uma função menos comum do transporte é a estocagem temporária, é usada quando o produto precisa ser estocado para ser movimentado novamente em curto período, quando o espaço existente no deposito é pequeno o veicula para armazenagem pode ser uma opção viável. O embarcador e o destinatário têm objetivo de transportar o produto ate seu destino no tempo certo e ao menor custo. As transportadoras são as intermediárias no processo e tem por objetivo aumentar sua receita bruta e diminuir os custos necessários para concluir a transação. Transportadoras variam em sua capacidade em proteger a carga de perdas e danos, por isso são fatores que influenciam na seleção de um transportador. O governo tem interesse no transporte devido a economia tem por objetivo manter um ambiente de transporte estável e eficiente para manter o crescimento econômico. Enfim o participante final do processo, o público, é quem determina as necessidades de transporte solicitando mercadorias em todo o mundo a preços razoáveis, preocupa-se com a segurança, custos, acesso ao meio e questões ambientais. Há cinco modos básicos de transporte, são os modais ferroviário, rodoviário, aquaviário, dutoviário e aéreo, há também os modais únicos, e os multimodais quando são usados mais de um meio para uma única entrega. Além da classificação de transporte por modal existe a classificação que considera a situação legal da transportadora, é a mais utilizada no momento, a fim de manter a estabilidade interna do mercado o governo muitas vezes restringe as transportadoras a mercados e serviços específicos. As classificações legais são: transportadoras comuns, contatadas, privadas, e isentas. A economia de transporte é afetada por sete fatores econômicos, distância, volume, densidade, facilidade de acondicionamento, facilidade de manuseio, responsabilidade e mercado. Outra dimensão relativa à economia envolve os componentes de custos, as várias categorias de classificação de transporte são: custos variáveis, custos fixos, custos conjuntos, custos comuns. Ao definir taxas de frete a serem cotadas a clientes, a transportadora pode adotar uma de duas estratégias: a estratégia de custo do serviço é uma abordagem de acumulação em que a transportadora estabelece uma taxa de frete baseada no custo da prestação de serviço mais uma margem de lucro, e a estratégia de valor do serviço onde se forma um preço com base na valor estimado que o serviço tem para o cliente. Pode ainda adotar uma combinação das duas estratégias.

 

A armazenagem de produtos é um componente essencial do conjunto de atividades logísticas. Os custos com armazenagem podem ser compensados com os custos de transporte e de produção, podem diminuir custos com transporte, pois permitem o uso de quantidades maiores e mais econômicas nos lotes de carregamento. Muitas empresas hoje estão evitando a necessidade de armazenagem com o conceito de just-in-time. As quatro razões para se utilizar espaço físico para armazenagem são reduzir os custos de transporte e produção, pela compensação nos custos de produção e estocagem, coordenar suprimentos e demanda, empresas que tem produção fortemente sazonal com demanda por produtos razoavelmente constate enfrentam o problema de coordenar seu suprimento com a necessidade de produtos, toda vez que fica muito caro coordenar suprimento e demanda de forma precisa são necessários estoques, auxiliar o processo de produção, a armazenagem pode fazer parte do processo de produção, e auxiliar o processo de marketing, é interessante para a área de marketing a disponibilidade do produto no mercado, pois pode ter efeito positivo nas vendas. Um armazém é localizado próximo a outros depósitos do sistema logístico, e também em um bairro ou distrito industrial do município. Armazéns providenciam proteção para mercadorias, e também rotação de estoques, reparos e manutenção de registros. Os serviços que o deposito presta ao seu usuário são abrigo, consolidação, transferência e agrupamento. As opções para uma empresa que necessite de espaço físico para armazenagem de produtos são variadas, são elas: possuir se próprio deposito, alugar o espaço físico, alugar o depósito, estocar em trânsito.

O manuseio ou movimentação interna de produtos e materiais significa transportar pequenas quantidades de bens por distâncias relativamente pequenas, quando comparadas com as distâncias na movimentação de longo curso executada pelas companhias transportadoras (BALLOU, Ronald H, 2007, p. 172).

 

O objetivo do manuseio é a separação das cargas de acordo com a necessidade dos clientes , as três atividades principais do manuseio são o recebimento, mercadorias geralmente chegam ao depósito em quantidades maiores que as expedidas, a primeira atividade é o descarregamento que normalmente é feito manualmente mas já existem sistemas mecanizados capazes de adaptar-se a diferentes características dos produtos, a segunda atividade é o manuseio interno, inclui todas as movimentações de produtos dentro do armazém, depois que os pedidos são recebidos os produtos são transportados para a expedição, essa atividade consiste em verificar e carregar as mercadorias nos veículos, também é executada manualmente na maioria dos casos. Os sistemas mecanizados empregam grande variedade de equipamentos de manuseio, os mais comuns são empilhadeiras, paleteiras, cabos de reboque, veículos de reboque, esteiras-transportadoras e carrosséis. Existem também equipamentos auxiliares que servem para melhorar a utilização do espaço físico do armazém e diminuir danos de manuseio. Os produtos movimentados pelo sistema de manuseio são identificados com o nome da marca, nome e localização do fabricante e quantidade ou peso do produto embalado. O principal objetivo da movimentação de materiais é fazer fluir, de maneira ordenada e eficiente, as mercadorias dos fornecedores para pontos-de-venda, numa cadeia de suprimentos os sistemas de manuseio de materiais devem permitir a execução de atividades de logística reversa. O único método conveniente para processar fluxos reversos é o manuseio manual.

 

A embalagem serve para promoção e uso do produto, propicia proteção para o produto e serve como instrumento para aumentar a eficiência da distribuição. A embalagem nas operações logísticas pode significar economias. Se a embalagem não é projetada para proporcionar um processamento eficiente, o desempenho de todo o sistema logístico sofre as conseqüências. A embalagem geralmente é classificada em dois tipos: embalagem para o consumidor, com ênfase em marketing, e embalagem industrial, com ênfase na logística. A embalagem para o consumidor prevê um atrativo para divulgar o nome da empresa para os clientes, serve como um tipo de anuncio podendo conter o preço e informações sobre o produto, as dimensões da embalagem devem conformar-se aos requisitos das prateleiras isto permite oferecer ao consumidor maior área de exposição para o produto em comparação com os concorrentes. A embalagem industrial tem seus produtos e peças geralmente embalados em caixas de papelão, sacos ou até mesmo barris para o melhor manuseio. As embalagens secundárias e as cargas unitizadas são as unidades básicas de manuseio nos canais logísticos. Uma função importante das embalagens secundárias é proteger os produtos das avarias durante o manuseio e a armazenagem, também proteger contra furto, a avaria esta diretamente ligada ao ambiente em que a embalagem é armazenada. O ambiente físico que envolve um produto é o ambiente logístico, este ambiente tanto influencia como é influenciado pala possibilidade de avaria. Os fatores ambientais que influenciam a embalagem são a temperatura, a umidade e os materiais estranhos. A utilidade de uma embalagem esta ligada à forma como ela afeta tanto a produtividade quanto a eficiência logística. A unitização da embalagem é o agrupamento de caixas numa carga única, para o transporte ou manuseio. Outra função importante da logística da embalagem é a comunicação ou transferência de informação, essa atividade é cada vez mais critica para a identificação do conteúdo da embalagem, seu rastreamento e manuseio. São utilizados vários tipos de materiais em embalagens, desde o papelão tradicional até plásticos. Além de caixas de papelão ondulado, há outros materiais de embalagem, tais como saco de aniagem, latas de folhas de flandres, tambores, engradados, sacos e outras embalagens de papel multifolhado. Alternativas as formas mais tradicionais de embalagens incluem embalagens envolvidas por material plástico a vácuo, sacos e cercados, caixas de plástico de alta densidade, amarração com fita plástica, forração com espuma plástica, e também calçamento mais adequado para itens frágeis ou de formas irregulares.

 

CONCLUSÃO

 

Com o estudo realizado podemos verificar que a área de logística proporciona várias atividades que envolvem os clientes na empresa; o dimensionamento e o controle dos estoques são importantes e necessários para o gerenciamento correto dos materiais. Podemos também analisar o armazenamento de materiais, que nos mostra como e onde podemos armazenar os materiais, dependendo do tipo e do uso. Os tipos de embalagens a serem utilizados e a análise dos princípios básicos de estocagem nos mostram quanto devemos armazenar de estoque e como devem ser acondicionados os produtos, com a devida embalagem e como isso implica nos custos. Podemos observar a localização e a classificação de materiais, indicando os procedimentos para o inventário físico, podemos também analisar a movimentação de materiais, com a apresentação dos principais tipos de equipamento e sua sofisticação. A distribuição e o transporte dos produtos com o enfoque nas principais características dos transportes, inclusive o intermodal completam a análise logística da Administração de Materiais, nos mostrando quão difícil é encaixar essas atividades dentro da empresa. Assim, podemos compreender melhor a necessidade do setor logístico dentro da empresa para mais tarde estarmos aplicando as praticas de bom desenvolvimento na empresa.

 

REFERÊNCIAS

 

BALLOU, Ronald H. Logística Empresarial: Transportes, Administração de materiais, Distribuição física. São Paulo: Atlas S.A., 2007. 388p.

 

BROWERSOX, Donald J. Logística Empresarial: O processo da cadeia de suprimento. São Paulo: Atlas S.A., 2007. 594p.

 

[1] - Acadêmica do curso de Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos, UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA-UNOESC- gabi_goetten@hotmail.com

[1] - Acadêmica do curso de Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos, UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA-UNOESC - Fischer- auxiliar de produção- vdalagnol@bol.com.br

 



[1] - Acadêmica do curso de Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos

UNIVERSIDAE DO OESTE DE SANTA CATARINA-UNOESC

gabi_goetten@hotmail.com

[2] - Acadêmica do curso de Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos

UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA-UNOESC

Fischer- auxiliar de produção

vdalagnol@bol.com.br

terça-feira, 16 de março de 2010

LOGÍSTICA REVERSA

                                                                                                       Débora Souza *

                                                                                                          Elizeu de Moraes**

    Marcio Nunes ***

 

 

RESUMO

 

O estudo dos canais de distribuição reversos é relativamente recente na logística empresarial moderna. Uma parcela dos bens que são vendidos por meio de cadeia de distribuição direta retorna ao ciclo de negócios ou produtivo pelos canais de distribuição reversos. Os bens de pós-venda, com pouco ou sem nenhum uso, constituem os canais reversos de pós-venda, enquanto os bens de pós-consumo, que foram usados e não apresentam interesse ao primeiro possuidor, serão retornados pelos canais reversos de pós-consumo. Os bens de pós-venda retornam por diferentes motivos e utilizam, em grande parte, os próprios canais de distribuição direta, enquanto os bens de pós-consumo possuem uma organização própria. Os canais reversos de pós-consumo subdividem-se em canais reversos de reuso de bens duráveis e semiduráveis, de desmanche de bens duráveis e de reciclagem de produtos e materiais constituintes.

 

Palavra-Chave: Logística reversa. Ciclo de vida do produto. Reutilização de embalagem. Processo logístico reverso.

 

                                                        ABSTRACT

 

The study of reverse supply chain is relatively new in modern logistics. A portion of the goods that are sold through the direct supply chain returns to the business or productive cycle’s througt the reserve supply chain. The goods after purchase, with little or no use, are the reserve channels of post selling, on the other hand, the post-consumption goods that were used and are not of the interest of the first owner, will be returned though the reverse channels of post-consumption. The post-selling goods return for different reasons and use in large part, their own direct supply chain, while the post-consumption goods have their own organization. The post-consumption reverse channels are subdivided into reverse channels of reuse of durable and semi-durable goods, of dismantling of durable goods and of product and composition material recycling.

 

Key-words: Life cycle of the product. Reuse packaging. Reverse logistics process.

 

INTRODUÇÃO

 

Devido ao aumento crescente da população a nível mundial, juntamente com a Revolução Industrial e demais acontecimentos tornaram-se necessário a utilização de uma técnica ou sistema para atender a demanda do mercado consumidor, que por conseqüência destes fatos já citados aumentou demasiadamente. Em meio a esse contexto ressurge a idéia de logística, já usada há décadas atrás, mas até então desconhecida ou pouco conhecida no meio empresarial. Entende-se por logística todos os processos necessários para fazer com que o produto chegue ao cliente de forma a satisfazê-lo da melhor forma possível, minimizando os custos e os tempos envolvidos em todas as fases desse processo.                                                                                                                                                                                           Dessa forma, a logística supriu essas necessidades provenientes do aumento do mercado consumidor por muitos anos até surgirem novos agravantes. Como todo sabe logística é o conjunto de todos os procedimentos, formas, processos necessários para fazer com que o produto chegue ao cliente da melhor forma possível para satisfazê-lo. Na logística reversa ou também conhecida como logística inversa acontece à mesma coisa só que desta vez a premissa é fazer com que o produto que esta no seu destino final, o cliente, seja transportado da melhor, correta e mais segura forma até a empresa de origem ou a outro lugar qualquer que tenha por objetivo dar um fim adequado ao mesmo.

Dado a preocupação das instituições ambientais geradas pelo descarte de materiais inutilizados que são prejudiciais à saúde humana, os órgãos responsáveis criaram determinadas leis donde tais materiais deveriam ser devidamente reciclados pela empresas ou indústrias que os competem. E em face da tendência da rejeição das pessoas quanto aos produtos materiais que agridem o meio ambiente, devido ao maior conhecimento dos mesmos sobre os impactos que o meio ambiente vem sofrendo devido a tais produtos, os clientes ficaram mais exigentes. Eles não mais querem somente produtos de qualidade, mas que atendam também normas pré-estabelecidas pelos órgãos responsáveis de proteção ao meio ambiente.

Nos últimos anos, entretanto, aumentou expressivamente as atividades de reciclagem e reaproveitamento de produtos e embalagens. Fabricantes de bebidas que têm que gerenciar o retorno das garrafas, siderúrgicas que utilizam como insumo de produção a sucata gerada por clientes, indústrias de latas de alumínio que fazem uso de matéria-prima reciclada e, mais recentemente, indústrias de eletrônicos, varejo e automobilística que passaram a lidar com o fluxo de retorno de embalagens, de devolução de clientes ou reaproveitamento de materiais para produção, são exemplos de empresas que passaram a ter necessidade de gerenciar o fluxo do ponto de consumo até o ponto de origem. Esse fluxo logístico inverso, ou seja, a logística de trás para frente é denominada Logística Reversa.                                                               

Portanto, em alguns casos, esse fluxo logístico já conhecido e utilizado não serve mais, pois agora a intenção não é somente em levar o produto ao cliente, mas sim em também saber como os restos desse produto irão voltar para sua empresa para que sejam devidamente tratados. Podemos definir logística reversa como fluxo inverso do ponto de consumo até o ponto de origem, que precisa ser gerenciado. É a área da logística empresarial que tem a preocupação com os aspectos logísticos do retorno ao ciclo de negócios ou produtivos de embalagens, bens de pós-venda e de pós-consumo, agregando-lhes valores de diversas naturezas; econômica, ecológica, legal, logística de imagem corporativa entre outras.

 

1 CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO REVERSOS (CDRs)

 

            O marketing e a logística empresarial têm consagrado grandes esforços em estudos e aperfeiçoamentos, em universidades e empresas modernas, à disciplina dos “canais de distribuição” e da ‘distribuição física’ dos bens produzidos. Com a atual crise ambiental que vivemos, não apenas na questão econômica, mas também se tratando de mercados globalizados, essa nova modalidade de logística se tornou um diferencial para as empresas.   

A importância econômica da distribuição seja sob o aspecto conceitual mercadológico ou sob o aspecto concreto operacional da distribuição física se dá devido ao grande volume de negociações e as fusões de empresas, que tem a necessidade do produto certo, no local certo e na hora certa. Por ser ainda baixa a importância econômica desta modalidade de logística, quase uma fração do valor das transações diretas, não tem se dado o devido valor ao que acontece, mas já há preocupações nesse sentido, quando se leva em conta a velocidade com que se é lançado novos produtos.

 

1.1 FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO NOS CASOS DE LOGÍSTICA REVERSAS

Bons controles de entrada: consiste na identificação do estado dos materiais a serem retornados e a decisão se o material pode ou não ser re-utilizado; Processos padronizados e mapeados: a mudança do foco na logística reversa, onde deixa de ser um processo esporádico e de contingência, passando a ser considerado um processo regular, que requer documentação adequada através do mapeamento de processos e formalização de procedimentos. Assim, podem-se estabelecer controles e oportunidades de melhorias. Tempo de ciclo reduzido: é o tempo considerado entre a identificação da necessidade de reciclagem, disposição ou retorno de produtos e o seu efetivo processamento.                                                                                

Sistemas de informação: o processo de logística reversa necessita do suporte da tecnologia da informação (TI), a fim de viabilizar o atendimento de requerimentos necessários para a operação. Entre as funcionalidades requeridas pode-se listar: Informação centralizada e confiável, rastreabilidade, avaliação de avarias, etc. Rede logística planejada: consiste na infra-estrutura logística adequada para lidar com os fluxos de entrada de materiais usados e fluxos de saída de materiais processados. Envolve-se instalações, sistemas, recursos (financeiros, humanos e máquinas), entre outros.                                                                              

Relações colaborativas entre clientes e fornecedores: como há uma série de agentes envolvidos no processo, surgem questões relacionadas ao nível de confiança entre as partes envolvidas. Informações tais como, nível de estoques, previsão de vendas e tempo de reposição dos materiais, devem ser trocadas entre os membros da cadeia para que o sistema funcione de maneira eficiente.                                                                                                 

A gestão de retorno de produtos é mais do que decidir o que fazer com ele, envolve a captura de informações que permitam entender os motivos do seu retorno e com isto atuar sobre as causas da insatisfação dos clientes contribuindo para reduzir os retornos futuros, alem de que um processo rápido e eficiente para os clientes aumenta a credibilidade.  Estas informações podem ajudar tanto na fabricação, na embalagem e nas ações de marketing (promoções com produtos de retorno em determinados mercados, e melhoria do produto/serviço).        

Para aproveitar o retorno de produtos do mercado de forma sincronizada e fazer ações de promoções especificas em certos mercados é necessário disponibilizar e sincronizar as informações para o marketing, isto pode ser feito através de um adequado gerenciamento do Gerenciamento da Cadeia Reversa (RSCM), de modo que seja feito no menor tempo possível, reduzindo a perda de valor do produto por conta da depreciação de mercado e pelo aumento da eficiência. As ações de pós-venda constituem-se em um elemento de fidelização, podem até mesmo vir a se transformar em oportunidades de alavancar novos negócios, através da prestação de outros serviços não restritos à assistência técnica, propiciando o surgimento de uma nova unidade de negócios na organização.

 

1.2 PRINCIPAIS RAZÕES QUE LEVAM AS EMPRESAS A ATUAREM EM LOGÍSTICA REVERSA

 

Neste tópico apresentaremos os principais motivos para a empresa atuar na Logística Reversa:

·         Legislação Ambiental que força as empresas a retornarem seus produtos e cuidar do tratamento necessário;

·         Benefícios econômicos do uso de produtos que retornam ao processo de produção, ao invés dos altos custos do correto descarte do lixo;

·         A crescente conscientização ambiental dos consumidores;

·         Razões competitivas – Diferenciação por serviço;

·         Limpeza do canal de distribuição;

·         Proteção de Margem de Lucro;

·         Recaptura de valor e recuperação de ativos.

 

1.3 A DIFERENÇA ENTRE O FLUXO DIRETO E O FLUXO REVERSO DA CADEIA LOGISTICA

 

Na Cadeia Logística convencional os produtos são puxados pelo sistema, enquanto que na Logística Reversa existe uma combinação entre puxar e empurrar os produtos pela cadeia de suprimentos. Isto acontece, pois há, em muitos casos, uma legislação que aumenta a responsabilidade do produtor. Quantidades de descarte já são limitadas em muitos países.      

Os Fluxos Logísticos Reversos não se dispõem de forma divergente, como os fluxos convencionais, mas sim podendo ser divergentes e convergentes ao mesmo tempo. O processo produtivo ultrapassa os limites das unidades de produção no sistema de Logística Reversa. Os fluxos de retorno seguem um diagrama de processamento pré-definido, no qual os produtos (descartados) são transformados em produtos secundários, componentes e materiais. Os processos de produção aparecem incorporados à rede de distribuição.                                    

Ao contrario do processo convencional, o processo reverso possui um nível de incerteza bastante alto. Questões como qualidade e demanda torna-se difíceis de controlar.         

 As empresas tradicionais focam na melhoria da eficiência de sua cadeia direta (insumos para entrega dos produtos aos clientes), já a cadeia reversa é um processo bem diferente, pois envolve: Retornos de credito; Substituição de garantia; Trocas; Reparos; Perdas que podem ocorrer. A utilização de sistemas tradicionais de supply chain tem-se mostrado ineficientes para lidar com estas novas condições, e para avaliar o valor do retorno. Historicamente, perda na cadeia reversa tem sido absorvidas ou simplesmente aceitas como uma perda da operação.

 

2 LOGÍSTICA DE PÓS-VENDA

 

Trata-se do fluxo logístico e das informações logísticas correspondentes de bens de pós-vendas, sem uso ou com pouco uso, que são devolvidos. Incluem-se nessa categoria erros de processamento de pedidos, garantia dada pelo fabricante, defeito ou falhas no funcionamento dos produtos, avarias no transporte, mercadorias em consignação de estação de vendas, pontas de estoque, etc. Trata-se de produtos que podem retornar ao ciclo de negócios agregando-lhes valor comercial. Alguns canais de pós-venda: Revistas, jornais, livros, retorno de e-commerce, retorno de varejo e embalagens retornáveis.

 

3 LOGÍSTICA REVERSA DE PÓS-CONSUMO

 

Operacionaliza o fluxo físico e as informações correspondentes de bens de consumo descartados pela sociedade, enfim de vida útil ou usados com possibilidade de reutilização, e resíduos industriais que retornam ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo pelos canais de distribuição reversos específicos. Esses produtos de pós-consumo poderão originar-se de bens duráveis ou descartáveis que poderão sofrer reuso, normalmente em mercado de segunda mão até atingir o “fim da vida útil”, e desmanche após o produto ser desmontado, componentes poderão ser aproveitados ou remanufaturados,  reciclagem  onde os materiais constituintes são reaproveitados e se constituirão em matérias-primas secundárias retornando ao ciclo produtivo.

No caso de não haver nenhuma dessas possibilidades mencionadas, o produto deverá ter um “destino final” em aterros sanitários, lixões ou sofrerem incineração.          Esses canais reversos apresentam importância crescente, tanto do ponto de vista estratégico empresarial como do ponto econômico, para alguns setores empresariais. Estima-se que atinjam cerca de 35 bilhões de dólares anuais nos Estados Unidos, ou seja, aproximadamente 0,5% do Produto Nacional Bruto (PNB) do país.

Levando-se em conta que as preocupações com esses canais reversos são relativamente recentes, mesmo nesse país, pode-se avaliar que essas cifras aumentarão em poucos anos. O mercado de peças de reposição de automóveis representou um valor econômico de 36 bilhões de dólares em 1997, apresentando 12 mil empresas de desmontagem em atividade atualmente no país. O fluxo reverso de bens de pós-venda pode originar de várias formas, por problemas de desempenho do produto ou por garantias comerciais; ao mesmo tempo, pode se originar em diferentes momentos, da distribuição direta, ou seja, do consumidor final para o varejista ou entre membros da cadeia de distribuição direta.     Dentre os problemas de desempenho mais comuns, podem se citados as avarias de transporte e os defeitos em garantias, enquanto os comerciais são erros de pedido, a limpeza de canal nos elos da cadeia de distribuição, os excessos de estoques, o fim de estação, o fim de vida comercial do produto, os estoques obsoletos, entre outros.                                      

Alguns canais de pós-consumo: Leilões Industriais, automóveis, eletrodomésticos, computadores, periféricos, embalagens descaráveis e resíduos industriais.

 

4 LOGÍSTICA REVERSA DE EMBALAGENS

 

            Apesar de enquadrar-se na logística reversa de pós-venda ou pós-consumo, sua importância faz com que seja classificada numa categoria separada. Com a distribuição a mercados cada vez mais afastados, verifica-se um incremento com gastos de embalagem o que repercute no custo final do produto – dependendo do tipo de produto e de distribuição têm-se a embalagem primária, secundária, terciária, quaternária, e a de quinto nível que é a unidade em contêiner ou embalagens especiais para envio à longa distância. Existe uma tendência mundial de se utilizar embalagens retornáveis, reutilizáveis ou de múltiplas viagens, tendo em vista que o total de resíduos aumenta a cada ano, causando impacto negativo ao meio ambiente.            

Os três tipos de Logística Reversa descritos vão demandar uma série de atividades típicas do processo logístico reverso que se encontram representados na Figura 1.

 

Figura 1 – Atividades típicas do processo de logística reversa                                          

Fonte: Lacerda, 2002

 

Quanto às razões que fazem ou farão com que as empresas se preocupem com a logística reversa, o atendimento das exigências legais acrescido das devoluções de produtos por problemas de qualidade somaram 49%. Seguiram-se os seguintes fatores: consciência ambiental (19%); maior competitividade (17%); e visão do lucro (15%). Na figura 2 veremos graficamente como se apresenta os resultados dessa questão.

 

Figura 2 – Razões para aplicação da logística reversa                                                        

Fonte: O autor

 

5 CONCLUSÃO

 

A Logística Reversa conforme mostrado nos tópicos anteriores pode ser uma fonte de vantagem competitiva para as empresas, conforme mencionado pelos diversos pesquisadores, e na medida em que as cadeias de suprimento que competem entre si, esforçam-se para otimizar a cadeia direta e deixam de lado a cadeia reversa, criam-se oportunidades para gerar vantagens competitivas para as empresas que focam na sua cadeia integral (direta e reversa). Satisfação dos consumidores, sua fidelização e retenção através de serviços que adicionem valor no fluxo de retorno.                                                                                       

Desenvolvimento sustentável que reforce a imagem de marca através da responsabilidade social e ambiental. Oportunidades de redução de custo pela reutilização de materiais de embalagem, como o mostrado no estudo de caso. Otimização da rede reversa, pela escolha adequada de sua tipologia, tendo em conta que todo produto é perecível, que seu valor deprecia-se no tempo, e que o tempo influi no valor de retorno. Da mesma forma que na cadeia direta o gerenciamento da cadeia reversa depende do fluxo de informações, acura cidade, disponibilidade e integração através de ferramentas de apoio.                                    

Da cooperação entre os parceiros da rede, fator relevante para o sucesso das atividades envolvidas na cadeia reversa. No Brasil a reciclagem não ocorre por uma mudança de consciência ecológica e ambiental especialmente no pós-consumo, mas ligada ao aumento do desemprego e a informalidade, isto traz como conseqüência uma rede informal, não organizada, não integrada no nível de informações, resultando em maiores dificuldades no gerenciamento do pós-consumo em caso das empresas terem de responder pelo destino final dos produtos no final de sua vida útil, cuja abrangência de aplicação encontra-se em discussão em órgãos do meio ambiente (CONAMA e Ministério do Meio Ambiente).                                

Na pós-venda, o processo está implementado há mais tempo, não quer dizer que esteja otimizado, apenas que como envolve os clientes finais e traz um impacto de curto prazo na reputação das empresas as ações foram maiores nesta direção. Para os fabricantes (OEM) há uma forte tendência de terceirização das atividades do controle do ciclo de retorno dos produtos, sendo que uma das dificuldades reside na falta de integração das informações na cadeia reversa entre as partes envolvidas, bem como na falta de ferramentas apropriadas para esta integração. 

O desenvolvimento sustentável pressupõe o envolvimento da empresa com as questões do ciclo de vida dos seus produtos, que envolve desde a escolha de materiais a serem utilizados nos produtos e em suas embalagens e que sejam ambientalmente adequados e dentro da concepção do eco design, passando pela manufatura limpa que reduza consumo de materiais, energia, e resíduos, pela distribuição que busque economizar combustível e reduzir a emissão de poluentes, e no controle das cadeias de retorno do pós-venda e pós-consumo que atendam no mínimo as legislações aplicáveis, e participe na conscientização do consumidor em seu papel dentro deste sistema sustentável.                                                                                   

O comprometimento das empresas com relação a estas questões podem-se ser classificados como: Reativas, Pró-ativas e em Fase de agregação de Valor. Empresas em fase Reativa em relação ao meio ambiente são caracterizadas pelo cumprimento da legislação, regulamentos e adequação às pressões externas da sociedade, revelando uma visão introspectiva que não inclui os impactos de seus produtos ou processos ao meio ambiente nas reflexões estratégicas da empresa.                                                                                      

Empresas em Fase Pró-Ativa apresentam a vantagem de se antecipar às novas regulamentações, e mesmo influir nas mesmas, criando uma imagem satisfatória junto ao público e razoável comprometimento da hierarquia superior com os problemas ambientais.         Empresas em Fase de agregação de Valor, revelam grande comprometimento com o meio ambiente integrando-o em sua reflexão estratégica como diferencial competitivo, utiliza a análise de ciclo de vida do produto no sentido de medir os impactos causados ao meio ambiente, projetam produtos para serem facilmente desmontados ou reciclados (Design for Recycling), criam uma relação de comprometimento com o meio ambiente em suas redes de suprimento e distribuição (EPR =Extended Product Responsability), incentivam as diversas áreas especializadas na concepção e operação de redes de distribuição reversas, de sistemas de reciclagens internos e em parcerias nas cadeias reversas (Reverse Supply Chain) e gerando diferencial competitivo através da distribuição reversa.                                                                 

A velocidade com que a Logística Reversa irá se desenvolver para a empresa passar do estágio reativa para de agregação de valor dependerá o estágio em que se encontra o pensamento estratégico em relação à sustentabilidade, e a sua percepção de valor quer nas questões sócio-ambientais que envolvem o pós-consumo, quer na oferta de serviços na pós-venda e as oportunidades de usar esta cadeia reversa como uma vantagem competitiva.                       

O estudo de Caso realizado, não é novo em termos de reutilização de embalagens, mas a identificação da oportunidade, a análise de viabilidade, seguido do redesenho dos processos, e superação da dificuldade de implementação, propiciaram um aprendizado que estimula a empresa a desenvolver outros projetos com a concepção da logística reversa incorporada em sua cadeia logística. A dificuldade já mencionada de integração das informações falta de sistemas de apoio (ferramentas integradas), e problemas de colaboração entre as partes envolvidas são os principais obstáculos depois de vencida a fase inicial de conscientização do valor adicionado pela Logística reversa.

                                                       

REFERÊNCIAS

 

ELIAS DAHER, Cecílio.  Logística Reversa: Oportunidade para Redução de Custos através do Gerenciamento da Cadeia Integrada de Valor. Brasília, DF: Universidade de Brasília, Faculdade de Estudos Sociais Aplicados – FA, Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais – CCA. Disponível em:

<http://eco.unne.edu.ar/contabilidad/costos/VIIIcongreso/081.doc>. Acesso em: 08 Out. 2009.

LEITE, Paulo Roberto. Logística 2003. São Paulo. Disponível em:

< http://www.abmbrasil.com.br/cim/download/Paulo-Leite-Logistica2003.pps>. Acesso em: 10 Out. 2009.

______.Logística Reversa: MEIO AMBIENTE E COMPETIVIDADE. 3ª reimpressão. São Paulo: Pearson, 2008.

 

*Acadêmica do curso de Tecnologia em Desenvolvimento de Recursos Humanos – UNOESC Campus de Fraiburgo, S/C – Assist. Administrativa /Banco do Brasil S/A déborassouza@ibest.com.br

**Acadêmico do curso de Tecnologia em Desenvolvimento de Recursos Humanos – UNOESC Campus de Fraiburgo, S/C –Assist.  Administrativo/Trombini Industrial S/A elizeu_moraes@hotmail.com

***Acadêmico do curso de Tecnologia em Desenvolvimento de Recursos Humanos – UNOESC Campus de Fraiburgo, S/C –Assistente Administrativo, bahr  papéis Ltda m.nunes77@hotmail.com